Um celular com processador octa-core é melhor que quad-core? – Tecnoblog
Um processador multinúcleo (ou multi core, em inglês) é aquele que tem dois (dual) ou mais núcleos (quad, hexa, octa, deca-core…) de processamento dentro de um chip.

Isso quer dizer que os smartphones possuem dois ou mais núcleos responsáveis por dividir as tarefas. Em processadores de um só núcleo também é possível executar várias funções ao mesmo tempo. Porém, elas podem chegar ao limite da capacidade da CPU (Unidade Central de Processamento) com um desempenho que vai deixar a desejar.
Como funciona um processador?
Parece bem óbvio, mas os processadores processam um monte de dados solicitados pelos aplicativos que você usa. Para abrir navegadores, mensageiros e jogos, o processador precisa acessar o armazenamento interno e encontrar os dados referentes ao app, levá-los até a memória RAM e trabalhar nesta troca até exibir tudo na tela. É o processador que também vai receber as informações que você mesmo cria no teclado e enviá-las ao aplicativo, num vai e vem de dados.
A memória RAM, como já falamos aqui antes, tem a missão de permitir que o processador tenha acesso imediato aos dados que deseja (como um meio do caminho), contribuindo para uma maior rapidez e capacidade de resposta. Quando o processador precisa fazer alguma coisa de novo, consulta dados da memória RAM.
O que significa core?
Como você já pode imaginar, um processador dual-core trabalha com dois núcleos, um quad-core com quatro, um hexa com seis e assim por diante… Um bom processador oferece melhor desempenho ao smartphone para que consiga realizar suas tarefas sem comprometer a performance — evitando travamento, lentidão e outras intempéries.
O sistema operacional do celular, no caso do Android, por exemplo, trata cada um desses núcleos como um processador diferente. Na maioria dos casos, cada unidade possui seu próprio cache. Contudo, os dois núcleos (ou mais) não se somam em capacidade de processamento, o que eles fazem é dividir as demandas, tornando-as mais fáceis e rápidas.
Um processador dual-core com clock de 1.8 GHz não equivale, por exemplo, a um processador single-core com clock de 3.6 Ghz (o dobro), e sim a dois núcleos 1.8 GHz operando em paralelo. Quanto maior o clock (calculado em GHz) melhor será o seu desempenho para executar diversos programas simultaneamente sem engasgos.
Como já deve ter notado, uma série de características influenciam no desempenho do processador. O que conhecemos como “velocidade” (clock) é o número seguido de GHz.
O que é clock?
Podemos definir o clock como o volume de ações (escrever e ler dados ou executar comandos) que o processador pode executar por segundo. Sendo os GHz um indicador imediato da “velocidade”. Quanto mais “pulsos de clock”, mais rápida a frequência.
Isso tornou-se necessário para resfriar processadores single-core com frequências cada vez mais altas (em GHz) e que amontoavam uma concentração cada vez maior de transistores — com o passar do tempo cada vez menores — no mesmo circuito integrado.
Fazendo uma analogia bem superficial, um núcleo é um motor. Então, é natural imaginar que um deca-core (com dez núcleos) é o melhor para um processador rápido e potente. Entretanto, um desempenho impecável depende do motor, depende do tipo de carga que precisa levar e depende também da sua rotina de uso e esforço do motor.
Quanto mais núcleos, melhor o celular?
Observar só o clock não basta. Há limites para quão rápido pode ser um processador que cabe dentro de um smartphone que cabe na sua mão sem que esquente demais.
A solução encontrada pelas fabricantes foi fazer chips de processadores móveis com mais de um núcleo, que funcionam como se fosse um processador independente. Assim, o número total de ações que consegue realizar por “pulso de clock” é maior.
1) o fator software