Agora você também pode gravar a caixa de AirPods com emojis
Os emojis já são parte indispensável da comunicação e da cultura popular. Ainda me lembro daqueles primórdios quando nem mesmo eram instalados nativamente no teclado e era preciso baixá-los, eram poucos, mas o suficiente. Tantos emojis que temos agora que fica difícil decidir qual é o mais adequado para cada momento, às vezes é até corajoso não poder usá-los onde queremos. Bem, a Apple resolveu as reclamações de alguns usuários e agora permite que você grave a caixa de AirPods diretamente com emojis, você faria isso?
Sinceramente não sei até que ponto isso faz sentido ... A novidade do lançamento do AirPods V2 e depois do AirPods Pro é justamente que agora podemos customizar sua caixa. É interessante se você quiser colocar seu nome ou número de telefone, para que eles possam localizá-lo no caso mais remoto em que devolvê-los é uma opção - lembramos que os AirPods são um dos poucos produtos que não estão vinculados ao ID da Apple via O iCloud e você pode redefinir qualquer apenas pressionando o botão -. Seja como for, caso esta opção fosse muito pequena para você, agora você poderá adicionar um emoji diretamente, porque talvez seja o que mais te represente, sim, em um tom cinza, sem cores.
Gravá-los não implica em aumento de preço, e também se usarmos menos letras, eles serão gravados em um tamanho maior para que sejam vistos com muito mais clareza. Talvez com este Apple o que pretenda é justamente parar a onda de perdas e roubos que os AirPods têm sofrido ultimamente, entre aqueles que viram os seus AirPods voar sou eu -A partir daqui aproveito para enviar uma saudação afetuosa a quem está gostando ... -, talvez com uma boa gravura pare de acontecer, ou implementando um sistema de bloqueio, o que for mais adequado para a Apple.
iPhone X: 10 momentos-chave na evolução dos smartphones até o novo lançamento da Apple
iPhone X: 10 momentos-chave na evolução dos smartphones até o novo lançamento da Apple
Leo Kelion
Editor de tecnologia
12 setembro 2017
Crédito, Getty Images Legenda da foto, Iphone X foi a estrela do lançamento desta terça-feira
O lançamento do novo iPhone X, a edição que comemora o 10º aniversário do smartphone, já é considerada a maior atualização única desde que o aparelho chegou ao mercado.
Além do design renovado - que, com sua "tela infinita", aposenta o clássico botão home - e novidades como um sistema de identificação com reconhecimento facial, o iPhone X também chama a atenção pelo preço salgado (a partir de US$ 999 nos EUA, onde começa a ser vendido a partir de novembro).
Para quem estiver disposto a gastar, mas não tanto, a Apple também lançou os iPhones 8 e 8 Plus, uma atualização de seus modelos de ponta anteriores, os iPhones 7 e 7 Plus. Com preço a partir de US$ 699 e venda a partir do próximo dia 22 nos EUA, os aparelhos têm entre seus diferenciais em relação às versões anteriores o corpo, que volta a ser de vidro pela primeira vez desde o iPhone 4S, e um sistema de carregamento sem fio.
Para marcar a ocasião, escolhemos 10 momentos-chave que influenciaram o lançamento desta terça-feira:
Crédito, Reuters Legenda da foto, iPhone 8 traz mudanças mais sutis em relação à versão anterior, a 7
1. 2004: nasce o projeto Purple
Após o sucesso do primeiro iMac e depois do iPod, a Apple começou a desenvolver um tablet para ser seu próximo produto inovador.
Mas durante um almoço, o ex-chefe do sistema iOS, Scott Forstall, teve uma conversa crucial com o líder da companhia, Steve Jobs.
"Nós dois estávamos usando nossos telefones e os odiando", contou ele em uma palestra no início deste ano. "Olhamos em volta e, assim como a gente, todos ao redor tinham um celular e pareciam muito angustiados enquanto os usavam."
Legenda da foto, Designers criaram o conceito base para o iPhone em 2005 | Foto: Apple
"Steve disse: 'você acha que podemos usar esse demo que estamos fazendo do tablet e a (tecnologia) multitoque e encolhê-lo para algo... pequeno o suficiente para caber no seu bolso?"
Isso levou os engenheiros da Apple a criarem um aplicativo básico de contatos que ficou restrito a um canto da tela de exibição do protótipo do tablet.
"No momento em que (Jobs) viu essa demo, sabia que era aquilo", disse Forstall. "Não havia dúvida: aquela era a maneira como um telefone tinha que se comportar."
Como documentos judiciais revelariam mais tarde, em agosto de 2005 os designers industriais da Apple criaram um conceito batizado de Purple ("púrpura" em inglês) - reconhecido como a base para o iPhone, que seria lançado dois anos depois.
2. Julho de 2008: primeiros aplicativos do iOS App Store são lançados
Hoje há mais de dois milhões de aplicativos disponíveis para o sistema operacional iOS, e a maioria dos donos de iPhones tem várias páginas e pastas cheias desses programas em seus aparelhos.
Mas por meses após o lançamento do primeiro iPhone não havia quantidade de aplicativos suficiente para preencher nem sequer uma única tela.
Isso ocorreu porque desenvolvedores terceiros inicialmente foram limitados apenas à criação de softwares que funcionavam no navegador de internet do dispositivo - Steve Jobs acreditava que cuidar de um mercado de aplicativos seria muito complicado.
Legenda da foto, Um dos aplicativos originais do iPhone feito por terceiros ainda está disponível na App Store | Foto: Erica Sadun
Levou mais de um ano para a App Store ser lançada. E a história foi feita no dia 9 de julho de 2008, quando a Apple colocou no ar um punhado de aplicativos, se antecipando ao mercado que abria, então, as suas portas virtuais.
Entre os apps estava o Moo - um simulador de som de vaca -, da desenvolvedora Erica Sadun, de Denver.
"Eu vim da comunidade jailbreak (na qual os desenvolvedores modificam aparelhos para conseguir adicionar recursos), que fez muita pressão sobre a Apple para que tivesse sua própria loja", disse ela.
"A App Store revolucionou completamente a forma como os desenvolvedores independentes poderiam criar negócios, monetizar seus produtos e apresentá-los a uma comunidade de pessoas que era maior do que ninguém jamais sonhou."
"Ela (a Apple) criou uma corrida do ouro que não acho que voltaremos a ver."
3. Setembro de 2008: rival HTC Dream chega ao mercado
Pode soar fantasioso agora, mas houve um tempo em que o executivo-chefe do Google também fazia parte do conselho de diretores da Apple.
Eric Schmidt não se demitiu do posto até 2009, mas seus dias ficaram contados assim que o primeiro comercial de um celular com o sistema Android foi anunciado.
O HTC Dream oferecia recursos que ainda faltavam no iPhone, como o copiar e colar, o Google Street View e mensagens multimídia.
Legenda da foto, O telefone Android original não apresentava recursos multitoque | Foto: HTC
E enquanto as avaliações sobre ele eram mornas - sugerindo que era "mais adequado para iniciantes" - elas reconheceram o potencial de uma plataforma para smartphones mais aberta que o iOS.
Curiosamente, o Dream era teoricamente capaz de suportar gestos multitoque - reconhecendo quantos dedos estavam em contato com a tela -, mas o recurso estava desativado. Isso provavelmente ocorreu porque a Apple tinha patenteado a tecnologia.
Quando a HTC adicionou o recurso a um aparelho de testes, em 2010, Steve Jobs ficou enfurecido.
"Eu vou destruir o Android porque ele é um produto roubado", disse ele posteriormente ao seu biógrafo Walter Isaacson.
"Estou disposto a causar uma guerra termonuclear por isso."
4. Fevereiro de 2010: aplicativo Siri é lançado pela SRI
Hoje a Apple gasta milhões fazendo anúncios estrelados pela Siri ao lado de celebridades como Dwayne "The Rock" Johnson.
Mas quando a assistente virtual foi lançada pela primeira vez no iOS, era apenas um aplicativo pouco conhecido de um instituto de pesquisa californiano obscuro, que havia sido parcialmente financiado pelo Pentágono.
Crédito, Getty Images Legenda da foto, Siri como um app - que logo foi comprado pela Apple
Seu modelo de negócios era cobrar de restaurantes e promotores de eventos uma taxa por reservas controladas por voz - e o plano era lançar versões para Android e Blackberry.
Mas isso mudou dois meses após seu lançamento, quando a Apple comprou a tecnologia por mais de US$ 200 milhões.
O aplicativo permaneceu na App Store até outubro de 2011, quando recebeu uma versão atualizada e tornou-se uma característica exclusiva do recém-lançado iPhone 4S.
5. Junho de 2010: o primeiro iPhone selfie
Quando o iPhone 4 foi lançado, as avaliações na imprensa citavam a adição de uma câmera frontal destacando seu uso para chamadas de vídeo, e não a possibilidade de fazer de autorretratos.
Isso talvez fosse compreensível. Embora a palavra "selfie" já tivesse sido inventada, ainda não era comum.
Crédito, Getty Images Legenda da foto, A câmera frontal do iPhone 4 tirava apenas fotos de 0,3 megapixels
Mas mesmo que o iPhone 4 não fosse o primeiro aparelho a apresentar uma câmera em ambos os lados - a Sony Ericsson fez isso em 2003 -, podemos dizer que ele foi uma força motriz no surgimento da cultura da selfie.
"O iPhone 4 foi importante, pois você tinha um dispositivo que era muito fácil de usar, uma grande faixa demográfica de adolescentes com acesso a ele e uma explosão de aplicativos", disse Charles Arthur, autor do livro Digital Wars.
"É um exemplo clássico de consequências não intencionais", afirmou ele.
"Agora, a selfie substituiu o autógrafo. Veja as pessoas em qualquer evento onde encontram estrelas: estão sempre tentando tirar uma selfie com elas."
6. Outubro de 2011: a morte de Steve Jobs
Quando Tim Cook - em vez de Steve Jobs - revelou o iPhone 4S em 4 de outubro de 2011, ele enfrentou críticas por sua atuação. A BBC até o chamou de "enfadonho".
O que não era evidente na época era que Cook devia estar ciente de que seu mentor e amigo Steve Jobs estava perto da morte. Ele morreu no dia seguinte.
É provável que a Apple teria entrado em colapso se Jobs não tivesse retornado em 1997 à empresa que ele ajudou a fundar. O que significa que nunca haveria um iPhone.
Crédito, Getty Images Legenda da foto, Steve Jobs, um dos fundadores da Apple, morreu após sofrer de câncer no pancreas
E se ele não tivesse permanecido na Apple, é possível que os engenheiros da empresa teriam buscado um design de celular baseado na roda de cliques do iPod.
O fato é que desde a sua morte a Apple não lançou um produto que chegasse perto de atingir o nível de sucesso do iPhone, e alguns questionam se isso um dia acontecerá.
A última aparição pública de Jobs foi no Conselho da Cidade de Cupertino em junho de 2011, quando ele pediu permissão para a Apple construir uma nova sede.
Os novos iPhones revelados nesta quarta-feira foram os primeiros produtos lançados no novo campus da empresa, dentro de um espaço de eventos chamado Teatro Steve Jobs.
7. Abril de 2012: Facebook compra Instagram por US$ 1 bilhão
Se fosse necessária alguma prova do impacto econômico do iPhone, a compra do Instagram a forneceu.
O aplicativo existia havia apenas 18 meses quando o negócio foi anunciado. Tinha apenas 13 funcionários e tinha sido exclusivo do iOS até a semana anterior à revelação da compra pelo Facebook.
Crédito, Getty Images Legenda da foto, Muitos pensavam que o Facebook tinha gastado demais ao pagar US$ 1 bilhão pelo Instagram, mas hoje parece uma pechincha
Sua aquisição proporcionou uma bonança tanto para os investidores do Instagram quanto para outras startups relacionadas a smartphones, que buscam dinheiro do capital de risco.
Na época, muitos pensavam que o Facebook tinha pagado demais. Mas agora, com o Instagram ganhando cada vez mais dinheiro em publicidade enquanto o financiamento das mídias offline só piora, parece uma pechincha.
Outros apps que estrearam no iPhone - incluindo Uber e Airbnb - também abalaram a indústria de outras maneiras.
Ssegundo estimativas, o valor total movimentado pela economia global de aplicativos - incluindo vendas de software, publicidade e comércio - chegou a US$ 1,3 trilhão em 2016.
8. Julho 2012: a Apple compra o AuthenTec
A aquisição pela Apple de uma fabricante de chips de sensor de impressão digital por US$ 356 milhões causou um problema particular para a Samsung.
A empresa sul-coreana já estava usando os componentes da AuthenTec, da Flórida, em seus laptops e acabara de anunciar um acordo para adicionar outro de seus produtos de segurança aos seus smartphones Android.
Mas, embora a ideia de frustrar os planos de seu arquirrival provavelmente tenha tido algum apelo, o maior benefício para a Apple foi a capacidade de lançar seu sistema Touch ID no ano seguinte, no iPhone 5S.
Crédito, Getty Images Legenda da foto, Apple demorou um ano para adicionar a tecnologia AuthenTec em seus iPhones
Como observaram as avaliações na imprensa, as tentativas anteriores de introduzir a digitalização de impressões digitais para telefones tinham provado não ser "confiáveis, muitas vezes causando mais irritação do que valem", mas o novo sistema funcionou "praticamente sem falhas".
Inicialmente, o recurso foi limitado para desbloquear o telefone e fazer compras digitais na Apple. Mais tarde, porém, tornou possível para a empresa apresentar a Apple Pay e adicionar segurança a aplicativos de terceiros sem exigir o incômodo de digitar uma senha a cada vez.
9. Agosto de 2013: Steve Ballmer diz que está deixando o posto de chefe da Microsoft
Para se manter viva, uma decadente Apple aceitou em 1997 um investimento da ordem de US$ 150 milhões da Microsoft.
Anos depois, a empresa de Steve Jobs devolveu o favor ao lançar um produto que a gigante de Bill Gates primeiro não conseguiu entender - e depois teve de correr atrás.
O então presidente-executivo da Microsoft, Steve Ballmer, riu das perspectivas sobre o iPhone quando ouviu falar dele.
Crédito, Getty Images Legenda da foto, Embora o Windows Phone tenha alcançado uma participação de dois dígitos na Europa, nunca pareceu ameaçar o iPhone
"É o telefone mais caro do mundo e não tem apelo para clientes empresariais, porque não possui teclado", disse ele em 2007.
Seis anos depois, Ballmer anunciou a aquisição da Nokia por 5,4 bilhões de euros (US$ 6,5 bilhões) em uma tentativa de recuperação, para em 2015 ser afastado e ver seu sucessor finalmente admitir que o Windows Phone era um fracasso.
A ironia é que, se a participação da Microsoft na Apple não tivesse sido vendida pelo próprio Ballmer, valeria agora mais de US$ 40 bilhões - e ele poderia compartilhar do seu sucesso.
"Como muitas outras pessoas, Steve Ballmer subestimou completamente o impacto do iPhone", disse Ben Wood, da consultoria CCS Insight.
"Seu desdém arrogante certamente voltou para assombrá-lo."
10. Julho 2016: Pokémon Go é lançado
Pule Podcast e continue lendo Podcast Brasil Partido João Fellet tenta entender como brasileiros chegaram ao grau atual de divisão. Episódios Fim do Podcast
A febre do Pokémon Go já passou faz algum tempo - hoje é mais fácil que o aplicativo chegue às manchetes por seus eventos malsucedidos do que pelos avistamentos de monstros raros.
Mas seu legado tem provado que aplicativos de realidade aumentada (AR, na sigla em inglês) - nos quais os efeitos gráficos surgem em meio ao mundo real - podem ter apelo de massa.
A AR surgiu em 2009 no iPhone, quando um desenvolvedor francês criou um aplicativo que mostrava lojas próximas e outros pontos de interesse em Paris.
Tudo pode mudar agora com o lançamento iminente do iOS 11, que inclui o ARKit - software que torna mais fácil para os desenvolvedores ancorar gráficos no mundo real e considerar as condições de iluminação.
As demos já lançadas têm impressionado, especialmente uma versão do PacMan em que você pode caminhar pelo famoso labirinto.
Android vs. iOS nas empresas: o departamento de TI tem finalmente opção de escolha
A pergunta “Qual é a melhor plataforma móvel para os negócios?”, já não tem uma única resposta. Agora, tem de perguntar: “O que é melhor para este negócio?” A resposta pode ser “um” ou “ambos”.

Por Ryan Faas
Desde que a Apple introduziu o seu protocolo de gestão de dispositivos móveis (MDM) para gestão de dispositivos em 2010, o iPhone tem sido, de facto, o padrão em smartphones para empresas em todas as indústrias. A empresa mantém esta posição há uma década, fornecendo uma multiplicidade de capacidades de gestão, múltiplas formas de proteger conversas de negócios e dados, a capacidade de separar conteúdos pessoais e comerciais, e uma forma de monitorização para garantir que todos os dispositivos apple utilizados para o negócio cumprem os requisitos corporativos.
Entretanto, os dispositivos Android foram tratados como proscritos em muitas organizações. Na última década, houve uma boa razão para isso, mas é tempo de uma reavaliação. Por exemplo, existe agora a iniciativa Android Enterprise, que oferece APIs e outras ferramentas para os developers integrarem o suporte Android nos seus sistemas de gestão de mobilidade empresarial (EMM).
Vamos ver como a plataforma Android está a chegar ao iOS e como os dois são comparados no geral.
Fragmentação: Já não é o calcanhar de Aquiles que costumava ser para Android
Para os consumidores, uma das vantagens do Android é que têm centenas de dispositivos para escolher em cada gama de preços. A gama de funcionalidades varia de forma notável e os dispositivos Android podem ser personalizados de várias formas.
No entanto, para as empresas, esta riqueza de opções equivale a fragmentação e torna-se uma grande desvantagem em ambientes de negócios. Os departamentos de TI não querem lidar com centenas ou milhares de dispositivos exclusivos que possuem diferentes gerações de sistema operativo Android, ajustes inconsistentes no sistema operativo e hardware amplamente variável.
Enquanto um telefone Android pode vir de um ou mais fabricantes, todos os iPhones são feitos pela Apple e partilham o mesmo sistema operativo e experiência do utilizador e oferecem os mesmos conjuntos básicos de hardware e funcionalidades. Isto torna a implementação de dispositivos iOS muito mais simples e torna a construção de aplicações personalizadas também muito mais fáceis, uma que estamos a lidar com as mesmas especificações.
Mas a Google, criadora do Android, quer entrar no mercado da mobilidade empresarial e tem procurado controlar a fragmentação do sistema operativo ao longo dos anos, com diferentes graus de sucesso. A fragmentação não vai desaparecer, mas é menos problemático agora que a Google deu aos gestores de TI um recurso sério para a gerir.
Recomendado pela Android Enterprise, uma lista de dispositivos e serviços que a Google verificou como prontos para as empresas. A lista de dispositivos pode ser filtrada e classificada por várias categorias, incluindo tamanho do ecrã, RAM, versão do sistema operativo, frequência de atualização, capacidade de suporte de atualização de segurança, disponibilidade regional, e se a Google considera o dispositivo mais adequado para profissionais de conhecimento ou utilizadores que necessitem de dispositivos robustos.
A Google também tem sido transparente sobre o que exige dos fabricantes para que os seus dispositivos sejam incluídos na lista Android Enterprise Recommended. Esses requisitos são ordenados pelo uso esperado do dispositivo, bem como pela versão instalada do Android. (O programa é compatível com versões anteriores ao Android 9.)
Tudo isto torna mais viável para os departamentos de TI optarem por oferecer suporte a uma ampla gama de dispositivos (atualmente, existem mais de 300 opções na lista Android Enterprise Recommended) e ter a certeza de que os recursos de segurança e gestão estarão disponíveis nos dispositivos considerados pela Android.
Atualizações: Ainda é um ponto forte para o iOS
O segundo maior problema que o Android enfrentou nas empresas são as atualizações do sistema operacional e patches de segurança – e sua disponibilidade inconsistente. Como a maioria dos fabricantes de dispositivos Android personaliza o Android de uma forma ou de outra para os seus dispositivos, as atualizações também precisam ser personalizadas para esses dispositivos. Isso geralmente leva a atrasos no recebimento de atualizações pelos dispositivos.
Muitos dispositivos Android nunca viram uma atualização do sistema operacional porque os seus fabricantes não acham que valha a pena investir o seu tempo e esforço para desenvolvê-los e implantá-los – e a maioria tem um incentivo para não oferecer atualizações, uma vez que não se traduzem em novas vendas. Ao ignorar as atualizações, os fabricantes incentivam os utilizadores que desejam novos recursos a comprar novos dispositivos.
A Apple, por outro lado, faz um grande esforço para oferecer suporte a dispositivos mais antigos quando atualiza o iOS. Várias gerações de iPhones mais antigos são compatíveis. E como a Apple também é dona do processo de atualização, os utilizadores do iOS nunca precisam de perguntar se receberão a versão mais recente do iOS e não há incertezas sobre quando a obterão. A aceitação de lançamentos iOS a cada outono é ordem de magnitude maior do que a aceitação de novas versões do Android, com a grande maioria dos dispositivos iOS a serem atualizados em poucos meses.
Este é outro problema que A Google pode aliviar, mas não eliminar, apesar de anos de trabalho para padronizar as atualizações. O Android Enterprise Recommended é a melhor maneira de descobrir por quanto tempo um dispositivo deve receber atualizações, e os filtros também permitem que se especifique com que frequências as atualizações devem ser enviadas para os dispositivos.
A Google também aborda isso nos requisitos para Android Enterprise Recommended. Para ser incluído na lista, um dispositivo deve oferecer pelo menos uma versão principal do Android além da versão que estava no dispositivo quando foi vendido. Para dispositivos com Android 9 ou 10, as atualizações de segurança devem estar disponíveis por 90 dias. Para dispositivos com Android 11, os fabricantes devem publicar regularmente avisos de atualização de segurança, incluindo detalhes sobre as correções específicas do fabricante, e vinculá-los aos boletins de atualização de segurança da Google. Também devem publicar por quanto tempo o dispositivo receberá atualizações de segurança (conforme observado, uma opção de filtragem na lista Android Enterprise Recommended).
Isto não corresponde à capacidade da Apple de gerir atualizações do sistema operativo e atualizações de segurança, mas faz do Android um concorrente da empresa. Os departamentos de TI podem filtrar dispositivos que pensam corresponder às suas necessidades de atualização de segurança e funcionalidade, e optar por suportar ativamente apenas esses dispositivos.
Implementação: Simplificada em ambas as plataformas
A Apple simplificou a capacidade das empresas de implementarem iPhones com um processo de toque zero conhecido como Programa de Inscrição de Dispositivos (DEP). Os dispositivos adquiridos à Apple ou revendedores autorizados podem ser ligados ao servidor MDM de uma organização na primeira inicialização. O dispositivo é configurado automaticamente, com os vários perfis de gestão e segurança aplicados. Para o TI e para o utilizador do dispositivo, é fácil. A Apple também oferece variações, incluindo inscrição baseada no utilizador e inscrição baseada em dispositivos, dependendo da propriedade e uso do dispositivo.
Através da lista recomendada para Android Enterprise, a Google pode orientar o TI para dispositivos que suportem a implementação sem toque. Tal como acontece com o APPLE DEP, os dispositivos devem ser comprados a revendedores aprovados para suportar o registo sem toque. Além disso, a Google oferece várias opções de inscrição, incluindo gestão completa de dispositivos e gestão de perfis de trabalho, dependendo se o dispositivo é propriedade corporativa ou BYOD.
BYOD: Pode suportar todos os dispositivos que os utilizadores compram?
Nenhum programa BYOD pode oferecer suporte adequado a todos os dispositivos do mercado, o que tende a dar vantagem à Apple. Com iPhones, há um pequeno número de dispositivos para oferecer suporte.
Para o Android, a solução é que o TI crie uma lista de dispositivos que suportem BYOD, e a lista recomendada para Android Enterprise é o ponto de partida. Deve esperar respostas de utilizadores desapontados por o seu dispositivo não ter sido incluído, por isso é importante comunicar a mudança de política de uma forma que não crie muitas expectativas. Se a sua organização apenas permitiu que dispositivos iOS para BYOD no passado, mudar para incluir qualquer dispositivo Android deve ser considerado um grande passo em frente.
O perfil de trabalho: onde o Android supera o iOS
Na maior parte das vezes, mencionei áreas onde a Google tentou corresponder ao que a Apple já oferecia. Mas em algumas áreas, o Android torna a gestão de negócios melhor do que a Apple.
Mais notavelmente, a Google distingue claramente o perfil pessoal de um utilizador de um perfil de trabalho instalado. A Apple não quer, provavelmente porque quer uma experiência de utilizador limpa e sem emenda. A vantagem da abordagem da Google é que claramente descreve quando um utilizador está a lidar com aplicações de trabalho ou pessoais, conteúdos ou outras funcionalidades.
Isto não é apenas uma distinção do ecrã principal. No Android, o TI pode optar por limitar ou bloquear a capacidade de passar conteúdos entre os dois perfis. Embora a Apple também ofereça a capacidade de bloquear a passagem de alguns conteúdos entre o trabalho e as aplicações pessoais, nem sempre é óbvio nas partilhas de iOS ou em operações de copy/paste, porque algumas opções não estão disponíveis. Os utilizadores podem acabar por pensar que há algo de errado com uma aplicação ou dispositivo.
A abordagem do perfil de trabalho também oferece outra vantagem: versões pessoais e empresariais da mesma aplicação. Os utilizadores que descarregaram uma aplicação usando o seu perfil pessoal podem descarregá-la de volta para o perfil de trabalho, e os dois serão completamente separados. A Apple prioriza uma interface limpa e, portanto, não oferece nada semelhante. Os utilizadores muitas vezes precisam de eliminar a aplicação instalada pessoalmente para utilizar a versão gerida da mesma. Se um dispositivo for eliminado seletivamente, qualquer conteúdo pessoal criado por um utilizador também será eliminado.
O TI agora tem uma escolha de plataformas de mobilidade
A Google tem abordado os principais problemas que o TI tradicionalmente tem com o Android. Depois de anos a ser eclipsado pelo iOS, a Android Enterprise surgiu como uma plataforma para empresas, e o Android já não é um cidadão empresarial de segunda classe. Embora existam compensações a serem feitas na escolha de um sistema operativo em vez de outro, uma variedade de fornecedores de EMM e prestadores de serviços geridos (MSPs) suportam ativamente ambos e tornam-se compensatórios.
A pergunta “Qual é a melhor plataforma móvel para os negócios?”, já não tem uma única resposta. Agora, tem de perguntar: “O que é melhor para este negócio?” A resposta pode ser “um” ou “ambos”.