Apple anuncia transformação do macOS – que passa a usar processadores ARM, como o iPhone e o iPad

Novo iPhone será vendido de madrugada na Savassi. Conheça todas as vantagens

Ataide de Almeida Jr.

(foto: Divulgação/Apple)

A madrugada será de festa para os applemaníacos no coração da Savassi. Isso porque as operadoras TIM e Claro prepararam dois eventos para celebrar o lançamento do iPhone 5S e iPhone 5C (foto), que terão vendas iniciadas à 0h01 de sexta-feira. Na TIM, o modelo mais barato do iPhone 5C 16GB sairá por R$ 1.999, enquanto o iPhone 5S 16GB custará R$ 2.799. O 5C estará disponível nas cores branca, amarela, azul, verde e rosa e na versão 32GB sairá por R$ 2.399.

Já o 5S (dourado, prata ou cinza) terá versões de 32GB vendida por R$ 3.199 e de 64GB por R$ 3.599. A Claro não divulgou os preços. Já a Vivo, que também oferecerá o aparelho a partir de amanhã, não preparou evento para o lançamento. O iPhone 5C, no plano Vivo Smartphone Ilimitado 400 4G Plus, custará R$ 949, enquanto o 5S, no mesmo plano, sairá por

Ao tirar o iPhone 5S do bolso, a maior parte das pessoas lança aquele olhar desconfiado seguido das seguintes perguntas — que, aliás, permeiam o universo dos aparelhos da Apple desde o lançamento: “O que mudou?” e “Vale a pena trocar?” Essas dúvidas são pertinentes. Afinal, do lado de fora, pouca coisa foi alterada no carro-chefe da empresa. O Informátic@ testou por um mês o novo smartphone topo de linha da maçã, comprado nos Estados Unidos – assim, ele não funciona nas redes 4G brasileiras, ao contrário do dispositivo que vem para o Brasil.Para a primeira pergunta, a resposta é: as mudanças estão basicamente no interior. Lá dentro, há dois chips: um A7, com arquitetura de 64 bits, e um M7. O primeiro atua, principalmente, em atividades que exigem muito do processador, como jogos pesados. Segundo a Apple, ele é duas vezes mais rápido e eficiente que o A6. Durante os testes com o game Infinity blade, a atuação desse dispositivo foi perfeita, sem travamentos.Já o M7 auxilia o A7 nas outras funções, como medir dados de movimento do acelerômetro, do giroscópio e da bússola. Percebe-se o melhor dessa parceria na duração da bateria. Na avaliação, o smartphone foi submetido a pelo menos duas horas de jogos, três de conversação e trocas de mensagens (por Whatsapp e iMessage), além de cerca de cinco horas de navegação, alternando 3G e wi-fi. A autonomia, nesse esquema, foi de 10 horas. Em uso normal, o telefone conseguiu aguentar quase 24 horas.Outra mudança que agradou no iPhone 5S foi na câmera. Ela continua com os 8MP do iPhone 5 (e também do 5C), mas ganhou um sensor 15% maior e uma abertura de f/2.2, além de melhorias no sistema de estabilização de imagens e a adição de um flash TrueTone. Esses números se traduzem em uma qualidade de imagem impressionante, principalmente quando as fotos são comparadas com gerações anteriores.Alguns mimos foram adicionados à câmera: o modo contínuo, com até 10 fotos por segundo; a câmera lenta, permitindo a gravação em 120 quadros por segundo; e o zoom de até três vezes durante filmagens.

Por fora, o iPhone 5S continua com as medidas e peso do anterior – 123,8mm (altura), 58,6mm (largura), 7,6mm (espessura) e 112 gramas –, além da tela de 4 polegadas Retina, com 1.136 x 640 pixels. Com a mesma mão dá para segurar o aparelho e percorrer a tela com o polegar – o que é quase impossível de fazer com o Galaxy S4, por exemplo.

Aliás, é pelo lado de fora que está uma das grandes novidades do iPhone 5S: o Touch ID, leitor de impressão digital. Dessa forma, basta colocar o dedo cadastrado em cima do botão principal e o telefone é liberado sem precisar digitar o código de desbloqueio. O usuário pode cadastrar até cinco dedos, não necessariamente apenas os do dono do aparelho. Uma outra vantagem é que não é preciso inserir senha para compras na App Store, na iTunes Store ou no iBooks. Basta tocar o controle central. Apesar de a Apple garantir que o Touch ID tem capacidade de leitura em 360 graus, durante os testes, por várias vezes, foi preciso repetir o processo, principalmente se o dedo fosse colocado em uma posição diferente da cadastrada.

Agora, para a pergunta “vale a pena trocar?”, a resposta sempre será: depende. Para quem é fã da marca, não perca tempo, compre. Para usuário de um iPhone 5, o melhor conselho é ir à loja da sua operadora, testar por algumas horas o aparelho e ver se as diferenças vão realmente ser essenciais para sua vida. No entanto, se o dispositivo que tem em mãos é da geração anterior (3GS, 4 ou 4S), com certeza, você vai se encantar com a velocidade, as funções e a fluidez do aparelho, e a tentação será grande. O aparelho, extraoficialmente, tem preço a partir de R$ 2.699, mas ele pode variar de acordo com o plano do cliente.

Tudo de graça

Quem adquirir o iPhone 5S ou o 5C poderá baixar de graça os pacotes iWork e iLife, que incluem o iPhoto, o iMovie, o GarageBand, o Keynote, o Pages e o Numbers. A economia para o usuário é de mais de US$ 40.

iPhone 5s

» Processador: dual-core de 1,3GHz (A7)

» Memória: 1GB de memória RAM

» Armazenamento: interno de 16GB, 32GB e 64GB

» Tela: 4 polegadas

» Sistema operacional: iOS 7

» Peso: 112g

» Resolução das câmeras: frontal de 1,2MP; traseira de 8MP

» Conectividade: wi-fi, Bluetooth, GPS e 4G

O “irmão” do iPhone 5S nada mais é do que o iPhone 5 com uma nova roupagem. As mudanças foram externas: ele vem com uma carcaça de plástico, em vez do tradicional metal, além de ter cores, digamos, chamativas. Esse smartphone é voltado para quem quer um produto com menor preço, que seja da Apple, que não se importe em desfilar com um aparelho verde-limão (ou branco ou amarelo) e que tenha boas configurações. O valor do 5S não é tão diferente: R$ 1.999 (16GB) e R$ 2.199 (32GB).

iPhone ou Samsung, qual celular escolher em 2021?

Apple e Samsung, a cada novo lançamento das duas marcas, fãs e a imprensa especializada se lançam a comparar os novos modelos com os rivais e gerações anteriores. Quais as diferenças e semelhanças entre as gamas de celulares das duas fabricantes? Quais são os pontos fortes de cada uma delas? É o que apresentamos neste artigo.

As duas empresas são as que oferecem os ecossistemas mais completos e integrados, mas longe de procurar uma empresa ou linha de produtos superior à outra, o objetivo aqui é apresentar as alternativas de cada lado e ajudar quem ainda pode estar na dúvida entre modelos das duas marcas.

Pegue um atalho

iPhone ou Samsung: catálogos e preços

Vantagens da Samsung em relação à Apple:

Variedade do catálogo;

Preços mais acessíveis.

Vantagens da Apple sobre a Samsung:

Gama de produtos mais clara;

Funcionalidades e desempenho de modelos antigos ainda são competitivos.

Nos últimos anos, a linha de celulares da Apple aumentou um pouco, com a chegada dos modelos mini e a manutenção de aparelhos das gerações anteriores. Mesmo assim, a gama de produtos iPhone ainda é o menor entre as cinco maiores fabricantes de celulares atualmente.

Catálogo e preços do iPhone

No final de 2021, o catálogo da Apple inclui oito modelos, quatro lançados em 2021, três em 2020 e um de 2019. A empresa costuma manter alguns modelos da geração anterior em seu catálogo, baixando seus preços. A exceção é o modelo SE (2020), que funciona como uma linha de entrada, mas traz especificações do então flagship iPhone 11 a uma faixa de preço quase intermediária.

Linha de celulares da Apple em 2021

Com o lançamento da família iPhone 13, seis dos oito modelos da marca incluem suporte 5G e tela OLED, enquanto os modelos iPhone 11 e SE utilizam telas LCD e modem 4G.

Catálogo de celulares e preços da Samsung

Enquanto a família iPhone 2021 pode ser contada na ponta dos dedos (das mãos), o catálogo da Samsung é bem mais amplo, cobrindo desde celulares que apenas oferecem o essencial até modelos sofisticados com suporte à recursos como caneta Stylus e até mesmo telas dobráveis, categoria em que a fabricante sul-coreana tem poucos rivais dois anos após o lançamento do Galaxy Fold.

A linha de celulares da Samsung faz parte da família Galaxy, que inclui ainda wearables, fones, tablets, notebooks e outros gadgets. A família é dividida em categorias como a Galaxy Z — de celulares dobráveis —, Galaxy S — de aparelhos premium —, Galaxy Note — de phablets, sem atualização em 2021 — Galaxy A e M — de modelos de entrada e intermediários — e Galaxy XCover — com celulares resistentes, posicionados para o segmento corporativo.

Como as linhas Galaxy A, M e XCover não concorrem diretamente com modelos Apple, listamos acima apenas os modelos que ocupam uma mesma faixa de preço semelhante à da linha iPhone. Todos os aparelhos — das linhas Z, S e Note — trazem processadores topo de linha e telas OLED, além de múltiplas câmeras no conjunto fotográfico. Já o suporte ao 5G está incluído em todos os modelos atualizados das linhas em 2021, enquanto para os aparelhos 2020 é possível encontrá-los em versões 4G ou 5G.

Já os preços praticados pelas duas empresas mostram uma diferença importante entre elas: enquanto os valores cobrados nos modelos Apple costumam se manter estáveis até a chegada de uma nova geração, os preços dos modelos Samsung costumam cair rapidamente — especialmente no Brasil, onde após um ano no mercado o Galaxy S20 FE pode ser encontrado por metade do preço sugerido no lançamento.

Isso tem impacto na desvalorização e preço de revenda dos aparelhos, que no caso dos iPhones recebem novas versões de sistema e atualizações de segurança geralmente por mais anos, diferença que a Samsung tem tentado reduzir nos últimos meses.

iPhone ou Samsung: hardware

Vantagens da Samsung em relação à Apple:

Especificações mais chamativas;

Diferenciais como telas dobráveis e caneta Stylus.

As vantagens da Apple em relação à Samsung:

Processadores superiores;

Não se deixa levar pela armadilha dos números superlativos.

Outra grande diferença entre as marcas é como elas abordam as especificações de seus aparelhos. Enquanto a Samsung aproveita sua gama de produtos mais variada para adotar recursos como telas dobráveis, sensores de digital sob a tela, suporte a caneta e até mesmo a câmera de selfie sob a tela, a Apple prefere adotar uma postura mais conservadora. Ainda que em boa parte dos exemplos a sul-coreana não tenha sido a pioneira no mercado, a Apple não oferece nenhum dos recursos em 2021.

Até mesmo as telas OLED, padrão na linha Galaxy S desde a primeira geração (2010), só foi adotada amplamente pela Apple com a linha iPhone 12 (2020), enquanto as altas taxas de atualização do componente — moda entre os flagships Android em 2020 — só chegou à família iPhone em 2021, exclusivamente para os modelos iPhone 13 Pro e Pro Max.

Apple iPhone 13 vs Samsung Galaxy S21

Especificações Produto Apple iPhone 13 Samsung Galaxy S21 Foto Processador Apple A15 Bionic (5 nm)

Hexa-core:

2x Avalanche @ 3,23 GHz

4x Blizzard Exynos 2100 (5 nm)

Octa-core:

1x Cortex-X1 2.9 GHz

3x Cortex-A78 @ 2,8 GHz

4x Cortex-A55 @ 2,2 GHz Armazenamento 128 GB

256 GB

512 GB 128 GB

256 GB Armazenamento expansível não Tela OLED de 6,1 polegadas "Super Retina XDR"

1170 x 2532 pixels, 460 DPI

Taxa de atualização de 60 Hz

Brilho máximo de 1200 nits OLED de 6,2 polegadas "Dynamic AMOLED"

1080 x 2400 pixels, 421 DPI

Taxa de atualização de 120 Hz

Brilho máximo de 1300 nits Câmera Principal 12 MP: f/1.6 / Dual Pixel PDAF / sensor-shift OIS

Ultrawide 12 MP: f/2.4 / 120° FOV

Selfie 12 MP: f/2.2 / 1/3.6" / FOV 120 Principal 12 MP: f/1.8 / 1/1.76" / Dual Pixel PDAF / OIS

Ultrawide 12 MP: f/2.2 / 1/2.55" / FOV 120° / Super Steady Video

Telefoto 64 MP: f/2.0 / 1/1.72" / PDAF / OIS / 3x zoom híbrido

Selfie 10 MP: f/2.2 / 1/3.24" / Dual Pixel PDAF Vídeo 4K a 24/25/30/60 FPS / 1080p a 25/30/60 FPS / 720p a 30 FPS

HDR / Dolby Vision HDR / som estéreo / OIS com deslocamento de sensor 8K a 24 FPS / 4K a 30/60 FPS / 1080p a 30/60/240 FPS / 720p a 960 FPS

HDR10+ / som estéreo / gyro-EIS Bateria 3227 mAh

Recarga com fio 20 W USB PD 2.0

Recarga sem fio 15 W Qi/MagSafe

Carregador não incluído 4000 mAh

Recarga com fio 25 W USB PD 3.0

Recarga sem fio 15 W Qi

Carga reversa sem fio 4,5 W

Carregador não incluído Áudio Estéreo

Sem saída para fones de ouvido Preço R$ 7.599,00 R$ 3.599,00

Apple iPhone 13 Pro Max vs Samsung Galaxy S21 Ultra

Especificações Produto Apple iPhone 13 Pro Max Samsung Galaxy S21 Ultra Figura Processador Apple A15 Bionic (5 nm)

Hexa-core:

2x Avalanche @ 3,23 GHz

4x Blizzard Exynos 2100 (5 nm)

Octa-core:

1x Cortex-X1 2.9 GHz

3x Cortex-A78 @ 2,8 GHz

4x Cortex-A55 @ 2,2 GHz Armazenamento 128 GB

256 GB

512 GB

1 TB 128 GB

256 GB

512 GB Armazenamento expansível não Tela OLED de 6,7 polegadas "Super Retina XDR"

2778 x 1284 pixels, 458 DPI

Taxa de atualização de 120 Hertz

Brilho máximo de 1200 nits OLED de 6,8 polegadas "Dynamic AMOLED"

1440 x 3200 pixels, 515 DPI

Taxa de atualização de 120 Hertz

Brilho máximo de 1300 nits Câmera Principal 12 MP: f/1.5 / Dual Pixel PDAF / sensor-shift OIS

Ultrawide 12 MP: f/1.8 / 120° FOV / PDAF

Telefoto 12 MP: f/2.8 / PDAF / OIS / 3x zoom

Sensor LiDAR

Selfie 12 MP: f/2.2 / 1/3.6" / FOV 120 Principal 108 MP: f/1.8 / 1/1.33" / PDAF / OIS

Ultrawide 12 MP: f/2.2 / 1/2.55" / FOV 120° / Super Steady Video

Telefoto 1 10 MP: f/4.9 / 1/3.24" / PDAF / OIS / 10x zoom

Telefoto 2 10 MP: f/2.4 / 1/3.24" / PDAF / OIS / 3x zoom

Selfie 40 MP: f/2.2 / 1/2.8" / Dual Pixel PDAF Vídeo 4K a 24/25/30/60 FPS / 1080p a 25/30/60 FPS / 720p a 30 FPS

ProRes / HDR / Dolby Vision HDR / som estéreo / OIS com deslocamento de sensor 8K a 24 FPS / 4K a 30/60 FPS / 1080p a 30/60/240 FPS / 720p a 960 FPS

HDR10+ / som estéreo / gyro-EIS Bateria 4352 mAh

Recarga com fio 20 W USB PD 2.0

Recarga sem fio 15 W Qi/MagSafe

Carregador não incluído 5000 mAh

Recarga com fio 25 W USB PD 3.0

Recarga sem fio 15 W Qi

Carga reversa sem fio 4,5 W

Carregador não incluído Áudio Estéreo

Sem saída para fones de ouvido Preço R$ 10.499 R$ 5.399,00

Com a Apple finalmente adotando telas com taxa de atualização de 120 hertz em 2021 na linha iPhone 13 Pro, caiu uma das diferenças mais perceptíveis para os flagships Android. Por outro lado, a linha Galaxy continua oferecendo conjuntos de câmera mais versáteis, incluindo lentes adicionais. Neste ponto, é importante destacar que o iPhone 12 Pro Max derrotou o S21 Ultra em nosso teste cego de câmeras em 2021 e a parte fotográfica foi um dos pontos em que a Apple mais investiu na linha iPhone 13.

Enquanto a Samsung se destaca com números superlativos em sua ficha técnica, o ponto alto da Apple é a integração de seus componentes, com destaque para os processadores. A empresa costuma comparar seus SoCs com a concorrência, anunciando que o novo A15 de 2021 é 50% mais rápido que seu rival direto no sistema Android (presumivelmente o Snapdragon 888).

Mesmo sem oferecer mais detalhes sobre os testes usados ou mesmo o nome do chip comparado, o fato é que mesmo o processador Apple A14 já deixava para trás os rivais Snapdragon 888 e Exynos 2100 tanto em tarefas de processamento genérico, quanto gráfico.

iPhone ou Samsung: software

Vantagens da Samsung em relação à Apple:

Interface mais personalizável;

Otimização para multitarefa muito mais avançada.

Vantagens da Apple em relação à Samsung:

Experiência suave e sem surpresas em todos os iPhones atuais;

Proteção de dados muito alta;

Aplicativos nativos de alta qualidade;

Atualizações de recursos e segurança por mais tempo;

Design claro e ordenado.

Tanto o iOS quanto a OneUI tem seus fãs e críticos, e não é possível separar a compra dos aparelhos de seus respectivos sistemas operacionais. Neste ponto, a integração vertical da Apple marca pontos novamente, com um funcionamento consistente praticamente em todos os modelos oferecidos na gama atual (e até muitos aparelhos antigos). Críticos porém, podem apontar a influência do "conservadorismo" da empresa na adoção de recursos, até mesmo os que não dependem do hardware, caso dos widgets introduzidos no iOS 14.

O fato é que a convergência de recursos não para, com os sistemas adotando características lançadas pelo outro. Até mesmo uma das grandes vantagens do iOS — o suporte a longo prazo —, começa a ser copiada pela Samsung, que anunciou uma política de atualizações que oferece previsibilidade para seus clientes, ainda que muito longe do que a Apple oferece para aparelhos como o iPhone 6S, que deve receber as atualizações de segurança do iOS 15 pelo menos até setembro de 2022, sete anos após o seu lançamento.

Leia também: iOS 15: estes são os recursos mais importantes do novo sistema

iOS 15 se aproxima (literalmente) do Android abrindo as chamadas do Facetime ao sistema do Google / © Apple

Já a experiência de uso é um ponto altamente subjetivo, e nesse caso não é possível dizer qual opção é melhor para essa ou aquela pessoa. Em linhas gerais, quem gosta de personalizar o sistema geralmente encontra mais opções no campo Android/OneUI, enquanto o iOS se destaca por opções padrões mais sensatas, inclusive com relação à privacidade e proteção de dados, falando nisso...

iPhone ou Samsung: proteção de dados

Vantagens da Samsung em relação à Apple:

Nenhuma.

Vantagens da Apple em comparação com a Samsung:

Mais controles e recursos de privacidade;

Informações mais claras na App Store sobre o uso de dados pessoais;

Opções padrão "mais seguras".

Aqui novamente, a Apple ainda tem uma certa vantagem sobre os fabricantes de Android. Mas a situação não é tão clara como era no passado. E por passado, quero dizer apenas dois anos atrás. Portanto, a Samsung se beneficiou muito dos avanços de segurança que o Google fez no Android.

Quando se trata de segurança, o número de critérios a considerar é grande demais para o escopo deste artigo. É por isso que me limitei às características de privacidade e segurança de cada fabricante.

Recursos de privacidade da Samsung

Com a OneUI 3, a Samsung integrou as novas características de privacidade do Android 11. A primeira delas é o sistema de permissões únicas que você pode conceder ou negar a aplicativos em seu smartphone. Assim, você pode permitir que um aplicativo acesse sua localização, microfone ou câmera apenas uma vez, até que você feche o app em questão.

O fato de não ter que permitir a geolocalização em segundo plano de imediato também é uma vantagem. De agora em diante, você tem que fazê-lo a partir da página dedicada ao aplicativo em questão a partir das configurações do sistema. Passos adicionais que devem desencorajar ou pelo menos fazer você pensar duas vezes antes de deixar um aplicativo rastreá-lo, mesmo quando não estiver usando-o.

O armazenamento com isolamento (lançado no Android 10), que permite compartimentar os dados aos quais diferentes aplicações têm acesso, com uma aplicação não podendo acessar o "espaço" da outra e vice-versa. Em termos práticos, isto limita o acesso de aplicativos a apenas algumas pastas no armazenamento interno, de modo que os apps não podem ver seus outros arquivos.

Para gerenciamento de arquivos, One UI 3.0 tem uma nova permissão de "Acesso a todos os arquivos", que permite funcionar como nas versões anteriores. Entretanto, o pedido deve atender a certas condições para ter essa permissão. Todos os outros apps são limitados ao "Acesso à mídia apenas".

Indicadores de acesso dos apps ao microfone e à câmera estavam disponíveis na MIUI e iOS antes do Android 12 / © NextPit

Recursos de privacidade da Apple

Após o lançamento do recurso ATT ou App Tracking Transparency no iOS 14.5, que deu ao usuário mais controle sobre o rastreamento pessoal feito por aplicativos no sistema, o iOS 15 ampliou a transparência do acesso dos apps aos seus dados, trazendo o Relatório de Privacidade de apps, mostrando como eles usam as permissões concedidas, além das trocas de dados com rastreadores de comportamento.

Além disso, a Apple moveu o processamento de diversos dados pessoais da nuvem para o próprio aparelho, incluindo o reconhecimento de fala da Siri. Outra novidade no iOS 15 são as proteções adicionais no app Mail para ocultação do endereço IP, e no caso dos assinantes do plano iCloud+ até mesmo a criação de e-mails únicos e o recurso de Retransmissão Privada (Private Relay), que redireciona suas requisições por endereços diferentes (e de forma criptografada) para dificultar o registro de padrões de navegação.

iPhone ou Samsung: preço de revenda

Vantagens da Samsung em relação à Apple:

Celulares são vendidos a um preço bem abaixo do inicial poucos meses após seu lançamento;

Flagships têm boas quedas de preços, ao contrário dos iPhones;

O mercado de segunda-mão força os varejistas a fazer promoções regulares;

Programas eventuais de recompra de aparelhos (dependendo do país).

Vantagens da Apple em comparação com a Samsung:

Possibilidade de revender seu iPhone a um bom preço um ou dois anos após a compra;

Programa de recompra de aparelhos (não disponível no Brasil).

Este é um critério-chave a ser considerado ao comprar um celular. Geralmente, uma pessoa média troca de celular a cada 2 ou 3 anos. Revender seu antigo aparelho para bancar a compra de um novo é obviamente uma prática comum. Mas o fato é que os celulares Android se desvalorizam muito mais rápido do que os iPhones.

De acordo com um estudo encomendado e publicado em janeiro passado pela Bankmycell, os smartphones Android perderam uma média de mais de 33% de seu valor em 2020, em comparação com cerca de 16% para iPhones. Este declínio chega a mais de 50% para um smartphone intermediário.

Os Android topo de linha perdem mais de 30% de seu valor inicial um ano após o lançamento / © NextPit

Há muitas razões para esta depreciação mais rápida do Android do que da Apple. Tomemos como exemplo a Samsung. A fabricante lança mais de 10 celulares a cada ano. Em 2020, a Apple lançou apenas 5. Os modelos mais acessíveis da Samsung devem ser renovados com mais freqüência, idealmente a cada ano, se a fabricante quiser maximizar suas vendas.

Se as pessoas revendem seus smartphones mais cedo, é normal que elas percam seu valor mais rapidamente. Se você quiser renovar seu iPhone, terá que esperar mais tempo, já que a Apple só lança uma vez por ano, em média. Como os iPhones são mais caros que seus pares Android, é normal que os usuários Apple mantenham seu iPhone para revendê-lo no momento mais conveniente.

Este artigo foi desenvolvido em colaboração com Antoine Engels. O artigo foi atualizado após o anúncio das linhas Galaxy Z Fold, Z Flip e iPhone 13, portanto, os comentários abaixo podem fazer referência a modelos removidos na versão atual.

Apple anuncia transformação do macOS – que passa a usar processadores ARM, como o iPhone e o iPad

Mudança, a maior em 15 anos, abre caminho para notebooks mais potentes e com autonomia de bateria drasticamente melhor; transição exigirá a ajuda de outras empresas, como Adobe e Microsoft

Acabou de terminar a apresentação de abertura do Worldwide Developers Conference (WWDC), o evento anual de software realizado pela Apple nos EUA – este ano, só virtualmente. Tim Cook começou seu discurso falando do caso George Floyd e das manifestações antirracismo que tomaram as cidades dos EUA nas últimas semanas. A Apple irá investir US$ 100 milhões em políticas de combate à desigualdade racial, incluindo um programa de estímulo a desenvolvedores de software. Em seguida, a empresa anunciou seus novos produtos.

O primeiro foi o iOS 14, cuja principal mudança é poder colocar widgets na tela principal (hoje eles moram na tela “Today”, à esquerda). Os novos widgets ficam num retângulo, na parte de cima da tela, e vão se alternando automaticamente (veja acima). Outra novidade é o recurso App Clips, que permite rodar aplicativos de forma quase instantânea, sem precisar instalá-los – algo bem útil para aqueles apps que você só precisa usar uma vez. Mas os desenvolvedores têm de criar versões compactas dos aplicativos, o que pode demorar (ou jamais correr, pois eles têm natural interesse em que você instale seus apps).

A função de chave digital, que permite abrir e ligar o seu carro com o iPhone, é igualmente interessante e inatingível – por enquanto, só funciona com um modelo da BMW. O iOS 14 tem melhorias relevantes, mas nada bombástico (mesmo caso, aliás, das últimas duas versões do Android). Após uma década evoluindo depressa, os sistemas operacionais móveis estão maduros – e é natural que entrem numa fase mais estável, de mudanças meramente incrementais.

É exatamente o contrário do macOS, que após um longo marasmo vai passar por uma mudança radical. O macOS Big Sur (nome de uma região montanhosa da Califórnia) foi convertido para rodar em processadores baseados na microarquitetura ARM – a mesma adotada pelos chips do iPhone, do iPad, e dos celulares Android.

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Trata-se de uma tarefa gigantesca (o sistema operacional tem dezenas de milhões de linhas de código), que até hoje a Apple só fez duas vezes: ao migrar da arquitetura Motorola 680×0 para a PowerPC, da IBM, em 1998 – e na transição desta para a arquitetura x86 e os processadores Intel, em 2005. A vantagem de mudar para ARM, agora, é que os processadores com essa arquitetura gastam bem menos energia que os chips x86 – e apresentam desempenho similar. Na prática, os chips ARM executam mais trabalho a cada watt de eletricidade consumido (a chamada performance-por-watt). Isso abre caminho para que os próximos MacBooks tenham muito mais autonomia de bateria, como os iPads, sejam mais rápidos que os laptops com Windows, ou uma combinação das duas coisas.

Para a Apple, a transição também é bom negócio porque ela passa a fabricar todas as suas CPUs, sem depender da Intel ou da AMD (a Apple, como a Qualcomm e a Samsung, licencia a microarquitetura da empresa inglesa ARM Holdings, mas pode usá-la como quiser – e é responsável por desenhar seus próprios processadores). Terá mais independência, mais lucro, e poderá tentar passar à frente do mundo Windows, desenvolvendo desktops e notebooks com mais performance e autonomia do que os PCs.

O novo macOS também vai rodar os softwares atuais, que foram desenvolvidos para a plataforma x86. Mas isso acontecerá por meio de um emulador interno, o Rosetta 2 – que fatalmente irá “roubar” um pouco da performance e gastar mais energia. O desempenho desse emulador será crucial para o sucesso ou fracasso do novo macOS.

Isso porque, para tirar máximo proveito dos processadores ARM, todos os softwares precisarão ser convertidos – segundo a Apple, a Microsoft e a Adobe já estão trabalhando para adaptar os seus. Mas essa transição não é simples, garantida, nem rápida. A Apple fala em pelo menos dois anos, e disse que ainda irá lançar iMacs baseados na arquitetura x86.

100% da base instalada de Macs, hoje, roda em x86 – e os desenvolvedores de software terão de continuar a atender esse público por muitos anos. Nem todas as empresas terão recursos e/ou disposição para desenvolver, e manter, versões x86 e ARM de seus programas. Mas tendo o pacote Adobe, o Office e mais alguns softwares convertidos para ARM , a Apple já resolve 90% do problema. Então é possível chegar lá. Mas não é garantido. Nos últimos anos, Samsung e Microsoft lançaram notebooks com Windows e processador ARM, mas eles não fizeram muito sucesso (pois vêm equipados com chips relativamente lentos, e seu emulador x86 é ruim).

A Apple anunciou uma versão especial do Mac Mini com processador ARM, que só será fornecida para desenvolvedores de software e servirá como “ferramenta de transição”, para que eles testem as novas versões de seus programas. A data de lançamento dos Macbooks e iMacs ARM não foi divulgada.

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