Apple muda foco publicitário para a segunda unidade negócio mais rentável

Por que o iPhone é considerado o 'produto mais rentável da história'

Por que o iPhone é considerado o 'produto mais rentável da história'

16 maio 2016

Legenda da foto, O iPhone vende menos que muitos produtos, como alimentos e bebidas, mas é mais caro

Com frequência, o iPhone é descrito como o "produto mais rentável da história".

Mas será que é mesmo? E o Viagra? E a Coca-Cola? E os softwares de sistemas operacionais de computadores?

A verdade é que em todos os setores há produtos com vendas extraordinárias – e que conseguiram lucros astronômicos.

Mas a definição de "produto mais rentável" é muito ambígua.

Se estamos tratando da margem de lucro obtida por venda unitária, o iPhone, por exemplo, pode não ter o mesmo desempenho de um produto digital, como uma música ou um jornal.

Estes podem ser baixados – os custos de produção de cópias adicionais praticamente inexistem e, por isso, a margem de lucro é enorme.

Mas, para explorar o tema, a BBC decidiu se concentrar na pesquisa da rentabilidade total do produto durante toda sua vida útil.

Legenda da foto, Ao compararmos a venda por unidade, o iPhone não é o produto mais rentável

O iPhone

Mas qual é a rentabilidade de um iPhone? Em 2015, quando a receita da Apple foi de acima de US$ 230 bilhões, a empresa americana afirmou que dois terços do valor vinham da venda de iPhones, ou seja, US$ 155 bilhões.

Porém, para determinar os ganhos é preciso subtrair os custos de produção e venda, dados que a Apple não revela.

O que se sabe, no entanto, é que o lucro gerado por todos os produtos vendidos pela companhia em 2015 foi de US$ 53 bilhões, o mais alto que uma empresa já conseguiu – sem intervenção governamental – na história.

Legenda da foto, Em 2015 o Viagra deu à Pfizer US$ 1,7 bilhão em lucros

Se o iPhone representa dois terços das vendas da Apple, poderíamos calcular que isso se traduz em dois terços dos lucros: US$ 35 bilhões.

Mas essa cifra provavelmente é muito baixa. Também há a possibilidade de que o smartphone seja responsável pelo grosso dos lucros, ou de que o dispositivo renda a mesma faixa de lucro do que os outros produtos da Apple.

No caso de um equilíbrio entre os lucros gerados pelos produtos, poderíamos estimar, em 2015, US$ 44 bilhões obtidos graças ao iPhone.

Da história?

Mas como comparar um lucro desses com o potencial comercial de outros produtos?

Já sabemos que itens como o Viagra e o Windows 10 são mais rentáveis em um sentido: para a farmacêutica Pfizer ou para a Microsoft é muito barato fazer cópias extras. A margem de lucro por cada cópia é enorme, muito mais do que a de um iPhone.

Porém, o total de ganhos com o iPhone deve ser difícil de superar.

Legenda da foto, A Coca-Cola tem 121 anos de vantagem em relação ao iPhone

Então, como se pode comparar, por exemplo, com os ganhos de Coca-Cola, Pfizer ou Microsoft?

Os lucros da Pfizer em 2015 foram de quase US$ 49 bilhões, mas apenas US$ 1,7 bilhão é relativo ao Viagra.

O medicamento de maior sucesso da companhia, o Lyrica, registra ganhos de menos de US$ 5 bilhões.

E a Coca-Cola? A empresa garante que vende 1,9 bilhão de bebidas por dia, o que significa que a cada dez horas vende mais latas de Coca-Cola do que todos os iPhones já vendidos.

É importante considerar, no entanto, que uma Coca-Cola é muito mais barata que um iPhone e que a logística para o envio do refrigerante a todas as esquinas do mundo é impressionante.

Além disso, os ganhos da companhia tipicamente são de menos de US$ 1 bilhão por ano por toda a variedade de produtos.

Legenda da foto, Se o iPhone for comparado com o Windows e Office somados, a diferença diminui

Microsoft

Em 2015, a Microsoft recebeu US$ 55 bilhões em pagamentos por licenças de softwares, e presume-se que a maior parte tenha sido gerada por vendas do sistema operacional Windows e do Office (pacote que inclui os programas Word, Excel e outros).

O dinheiro da venda de licenças representa mais da metade da receita da empresa. Como o resto vem de hardware como Surface (híbrido de notebook e tablet), Xbox e celulares, é possível que os softwares sejam responsáveis pela maioria dos lucros.

Nos últimos anos, a Microsoft tem reportado um lucro em torno de US$ 20 bilhões.

Logo, mesmo se atribuímos todos os lucros ao Windows e ao Office e tratamos os dois como apenas um produto, este ainda ficaria longe do iPhone se analisarmos os ganhos anuais.

Mas se avaliarmos as perspectivas de lucro histórico, ou seja, desde o início da venda de cada produto, é possível que a Microsoft chegue perto.

Isso porque a empresa vende o Windows desde 1985, ou seja, teve ganhos de US$ 80 bilhões com o sistema operacional e o Office antes de o iPhone ser lançado, em 2007. E lucrou mais de US$ 150 milhões desde então.

Como estimamos anteriormente, os lucros com o iPhone no ano passado podem ter sido de US$ 44 bilhões – e ele já está no mercado há nove anos.

No começo, porém, a Apple vendia apenas uma pequena fração do volume de iPhones vendido hoje em dia.

Por que o iPhone é considerado o 'produto mais rentável da história'

Com frequência, o iPhone é descrito como o "produto mais rentável da história". Mas será que é mesmo? E o Viagra? E a Coca-Cola? E os softwares de sistemas operacionais de computadores?

A verdade é que em todos os setores há produtos com vendas extraordinárias – e que conseguiram lucros astronômicos. Mas a definição de "produto mais rentável" é muito ambígua.

Se estamos tratando da margem de lucro obtida por venda unitária, o iPhone, por exemplo, pode não ter o mesmo desempenho de um produto digital, como uma música ou um jornal.

Estes podem ser baixados – os custos de produção de cópias adicionais praticamente inexistem e, por isso, a margem de lucro é enorme. Mas, para explorar o tema, a BBC decidiu se concentrar na pesquisa da rentabilidade total do produto durante toda sua vida útil.

O iPhone

Mas qual é a rentabilidade de um iPhone? Em 2015, quando a receita da Apple foi de acima de US$ 230 bilhões, a empresa americana afirmou que dois terços do valor vinham da venda de iPhones, ou seja, US$ 155 bilhões.

Porém, para determinar os ganhos é preciso subtrair os custos de produção e venda, dados que a Apple não revela.

O que se sabe, no entanto, é que o lucro gerado por todos os produtos vendidos pela companhia em 2015 foi de US$ 53 bilhões, o mais alto que uma empresa já conseguiu – sem intervenção governamental – na história.

Se o iPhone representa dois terços das vendas da Apple, poderíamos calcular que isso se traduz em dois terços dos lucros: US$ 35 bilhões.

Mas essa cifra provavelmente é muito baixa. Também há a possibilidade de que o smartphone seja responsável pelo grosso dos lucros, ou de que o dispositivo renda a mesma faixa de lucro do que os outros produtos da Apple.

No caso de um equilíbrio entre os lucros gerados pelos produtos, poderíamos estimar, em 2015, US$ 44 bilhões obtidos graças ao iPhone.

Da história?

Mas como comparar um lucro desses com o potencial comercial de outros produtos?

Já sabemos que itens como o Viagra e o Windows 10 são mais rentáveis em um sentido: para a farmacêutica Pfizer ou para a Microsoft é muito barato fazer cópias extras. A margem de lucro por cada cópia é enorme, muito mais do que a de um iPhone.

Porém, o total de ganhos com o iPhone deve ser difícil de superar. Então, como se pode comparar, por exemplo, com os ganhos de Coca-Cola, Pfizer ou Microsoft?

Os lucros da Pfizer em 2015 foram de quase US$ 49 bilhões, mas apenas US$ 1,7 bilhão é relativo ao Viagra. O medicamento de maior sucesso da companhia, o Lyrica, registra ganhos de menos de US$ 5 bilhões.

E a Coca-Cola? A empresa garante que vende 1,9 bilhão de bebidas por dia, o que significa que a cada dez horas vende mais latas de Coca-Cola do que todos os iPhones já vendidos.

É importante considerar, no entanto, que uma Coca-Cola é muito mais barata que um iPhone e que a logística para o envio do refrigerante a todas as esquinas do mundo é impressionante. Além disso, os ganhos da companhia tipicamente são de menos de US$ 1 bilhão por ano por toda a variedade de produtos.

Microsoft

Em 2015, a Microsoft recebeu US$ 55 bilhões em pagamentos por licenças de softwares, e presume-se que a maior parte tenha sido gerada por vendas do sistema operacional Windows e do Office (pacote que inclui os programas Word, Excel e outros).

O dinheiro da venda de licenças representa mais da metade da receita da empresa. Como o resto vem de hardware como Surface (híbrido de notebook e tablet), Xbox e celulares, é possível que os softwares sejam responsáveis pela maioria dos lucros.

Nos últimos anos, a Microsoft tem reportado um lucro em torno de US$ 20 bilhões.

Logo, mesmo se atribuímos todos os lucros ao Windows e ao Office e tratamos os dois como apenas um produto, este ainda ficaria longe do iPhone se analisarmos os ganhos anuais.

Mas se avaliarmos as perspectivas de lucro histórico, ou seja, desde o início da venda de cada produto, é possível que a Microsoft chegue perto.

Isso porque a empresa vende o Windows desde 1985, ou seja, teve ganhos de US$ 80 bilhões com o sistema operacional e o Office antes de o iPhone ser lançado, em 2007. E lucrou mais de US$ 150 milhões desde então.

Como estimamos anteriormente, os lucros com o iPhone no ano passado podem ter sido de US$ 44 bilhões – e ele já está no mercado há nove anos.

No começo, porém, a Apple vendia apenas uma pequena fração do volume de iPhones vendido hoje em dia. Por isso, talvez o Windows e Office juntos possam competir com o iPhone. Algo de que poucos produtos podem se gabar.

Apple muda foco publicitário para a segunda unidade negócio mais rentável

A pouco mais de um mês do lançamento da nova geração de iPhone, a Apple alterou o seu foco publicitário.

A empresa está agora a apostar em publicitar o Apple One, que reúne um conjunto de serviços da marca, e que é já a segunda maior fonte de receitas da marca.

Serviços da Apple são agora a segunda fonte mais rentável da empresa

Falta sensivelmente um mês para o lançamento do novo iPhone 14 e a Apple escolheu exatamente esta altura para promover outras áreas de negócio, uma vez que o seu smartphone de topo tem já atenção suficiente com todos os rumores a circular no mundo Web.

E a empresa de Cupertino escolheu um foco publicitário que, apesar de ser inesperado, faz todo sentido, se pensarmos em estratégia de negócio.

A empresa acaba de divulgar um novo anúncio a promover o Apple One que dá acesso a um conjunto de serviços da marca mediante uma assinatura com mensalidade. A escolha não foi inocente. Atualmente, a área de serviço Apple é a segunda unidade de negócio mais rentável da empresa. Em primeiro lugar está, como não podia deixar de ser, as vendas do iPhone.

Por esta razão, é natural que antes da chegada de um novo modelo do smartphone de topo, Tim Cook “aproveite” para dar visibilidade a uma área que é tão relevante a nível financeiro.

Apple One em Portugal

Tal como já referimos, o Apple One permite o acesso a vários serviços da empresa, nos quais se incluem o Music, TV+, Arcade, iCloud+ e Fitness+.

Em Portugal, a empresa disponibiliza três planos com acessos e mensalidades distintas: individual, família e premier.

No primeiro plano, a assinatura mensal de 11,95 euros dá acesso ao Apple Music, TV+, Arcade e ao iCloud+ com 50 GB; já no plano família, 16,95 euros dá acesso aos mesmos serviços referidos atrás, mas com 200 GB em iCloud+.

Por último, a assinatura premier custa 25,95 euros e acrescenta acesso ao Apple Fitness+ e a 2 TB em iCloud+.Saliente-se que a empresa permite que os utilizadores utilizem este serviço durante um mês, a título gratuito.

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