Saiba como escolher o processador do seu celular
Quem costuma ler notícias de tecnologia sabe que é comum citar as especificações de novos aparelhos. Elas trazem os detalhes mais importantes que caracterizam a qualidade desses produtos. O processador é certamente um dos mais importantes, mas para boa parte das pessoas é um dos mais difíceis de entender e comparar.

O processador é o "cérebro" de um computador, celular, notebook ou tablet. Também chamado de CPU --sigla em inglês para Unidade Central de Processamento--, ele é capaz de "ler" o código dos programas, para assim executar uma série de operações lógicas e aritméticas que vão resultar na realização de tarefas. Ele faz tudo isso em uma grande velocidade para que as respostas e dados apareçam para o usuário o mais rápido possível.
Lançado neste ano, o Zenfone 3 Deluxe, da Asus, é o dono das melhores configurações para um smartphone no país. Além de trazer 6 GB de memória RAM, maior configuração do gênero para dispositivos móveis, ele foi o primeiro a aportar por aqui com o processador Snapdragon 821, da Qualcomm.
Por que esse processador é importante? A Qualcomm é atualmente a fabricante de processadores para celulares e tablets mais requisitada do mercado e tem hoje nesse quesito uma excelência similar à da Intel, popular fabricante de peças e circuitos para computadores.
O UOL conversou com Eduardo Simões, professor do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da USP em São Carlos, para tirar algumas dúvidas sobre essa peça tão fundamental para os aparelhos que usamos todos os dias.
iPhone 7 e iPhone 7 Plus, com processador A10 Fusion da Apple Imagem: Divulgação
Do que é feito um processador?
Um microprocessador é um circuito integrado fabricado em uma pastilha de silício, semimetal usado na produção de chips eletrônicos. Nele, transistores miniaturizados (peças que ampliam e interrompem sinais elétricos) são utilizados para fabricar portas lógicas, necessárias para converter a eletricidade em dados que serão usados em operações básicas.
Essas portas se combinarão para se transformar nas partes de um processador, como registradores, somadores, memórias, multiplexadores e barramentos, entre outros.
Como é medida a qualidade de um processador? E como comparamos qual é o mais rápido?
A velocidade de um processador é função direta de sua frequência de operação (clock), medida pela unidade de frequência Hertz e seus múltiplos, como Megahertz (1 milhão de Hertz) e Gigahertz (1 bilhão); quanto mais GHz, mais rápido. Para se ter uma ideia, o Snapdragon 821, citado no começo deste texto, tem clock que alcança a velocidade máxima de operação de 2,4 GHz. Porém, isso não é tudo.
Muitos processadores atuais são multi-núcleo, isto é, são vários grupos de processadores dentro de uma peça só. Quanto mais núcleos (ou "cores", em inglês) mais programas podem ser executados ao mesmo tempo simultaneamente e em segundo plano.
Essa prática de deixar cada núcleo com determinadas funções --um pode cuidar de programas de alto desempenho, e o outro, de tarefas que visam economizar energia-- melhora o desempenho.
Mas atenção, a qualidade da CPU vai depender de todos esses fatores em conjunto, e não apenas de um deles. Dessa forma, é possível que um processador octa-core seja inferior a um quad-core que tenha clock superior, por exemplo.
Zenfone 3 Deluxe, com processador Snapdragon 821 Imagem: Márcio Padrão/UOL
Quais são os melhores processadores da atualidade?
Os melhores modelos atualmente incluem CPU, memória RAM, GPU e muitos outros componentes em um único chip (System on Chip, ou SoC). Como são integrados pelo próprio fabricante em uma única pastilha de silício, o desempenho melhora e o consumo de energia diminui. Mas é muito importante também conferir se o sistema operacional foi projetado especificamente para tirar o melhor proveito possível da arquitetura.
"Na minha opinião, os melhores modelos são o Snapdragon 820 (Samsung Galaxy S7) e A10 (iPhone 7). O Snapdragon 820 é um processador um pouco mais poderoso, mas no conjunto, a Apple conseguiu integrar melhor os recursos de hardware e software para um desempenho um pouco superior, na maioria dos testes que vi, diz Eduardo Simões.
As respostas do professor foram obtidas pelo UOL antes do lançamento do Zenfone 3 Deluxe no Brasil, com o Snapdragon 821, que até o momento ainda não pôde ser testado por ele.
Por que o processador não basta para obter um bom desempenho?
Apesar de ser peça-chave no desempenho, a quantidade de memória RAM influencia muito na velocidade de execução de um programa. Com pouca memória, os dados têm de ser salvos no disco rígido, ou no caso dos celulares, um cartão SD, que são bem mais lentos.
A agilidade do sistema operacional também é importante, pois é ele quem controla os parâmetros do processador e a capacidade de processamento dedicada a cada aplicação. O sistema possibilita que várias aplicações sejam executadas ao “mesmo tempo”, o que na verdade significa que cada app disputa os recursos do processador com as demais. E este tem uma capacidade limitada de executar programas ao mesmo tempo, de acordo com o número de núcleos.
Abrir apps demais vai comprometer o desempenho. Algumas aplicações aguardarão em uma "fila" para serem processadas. Se muitos programas são executados ao mesmo tempo, o desempenho de cada aplicação cairá bastante.
O que deve ser visto na hora de escolher um aparelho em função do processador?
Se é um modelo top de linha ou já ultrapassado. Os chips Core I7 ou com arquitetura octa-core Exynos M1 ou ARM Cortex-A53 estão no primeiro grupo, enquanto os Pentium e Core 2 (ARM7, quad-core) estão no segundo.
Se a arquitetura é de 32 ou 64 bits; normalmente 64 bits é melhor.
Quantos núcleos (cores) possui; geralmente quanto mais núcleos, melhor.
Além disso, é importante comparar a quantidade de memória do sistema e se estão presentes aceleradoras gráficas (placas de vídeo, ou GPUs), que são muito importantes para executar jogos de alta definição.
Samsung Galaxy S7, com processador Snapdragon 820 (lá fora) e Exynos 8890 (no Brasil) Imagem: Divulgação
Como sei se um processador será suficiente para meu uso?
O ideal é pedir na loja para experimentá-lo e utilizar por algum tempo os programas que pretende usar no dia a dia. Então poderá ter uma boa ideia de quão eficiente é o aparelho como um todo (incluindo processador, memória e sistema) ao executar suas aplicações preferidas. Além disso, muitas revistas especializadas e sites publicam testes de desempenho (benchmarks) que comparam diversos modelos.
Quais são as maiores diferenças entre processadores para celulares e para computadores?
Os processadores para celulares e tablets normalmente seguem a arquitetura ARM, capaz de atingir bons desempenhos com excelente economia de energia, pois são alimentados à bateria. Já os computadores e outros equipamentos alimentados diretamente da rede costumam utilizar modelos da Intel ou AMD, que necessitam de mais energia para operar em maiores frequências.
Testes de benchmark são eficientes para avaliar um processador?
"Acredito que vários fabricantes têm projetado seus modelos com os principais testes de benchmark em vista. Eles são o principal parâmetro de comparação de desempenho dos melhores processadores do mercado. Mas devem ser avaliados com cautela", diz o professor.
Qual é a vida útil de um processador? Ele vai perdendo eficiência ao longo do uso?
Não. Ele pode esquentar demais e queimar devido a uso indevido, como por exemplo "overclock", que é forçar o uso do processador, por meio de programas, para rodar acima do seu clock especificado pelo fabricante.
Segundo Simões, normalmente evita-se "reciclar" modelos antigos de processador que ainda funcionam bem pois consomem muito mais energia em relação ao poder de processamento quando comparados com os mais modernos. "Isso porque foram construídos com uma tecnologia mais antiga", explica.
5 dicas para você aprender como resfriar o celular
Dicas

Por Atendimento
“Como resfriar o celular” é uma das perguntas mais recorrente que vemos em fóruns de discussão de tecnologia ou em páginas em que os usuários possam postar dúvidas. No entanto, o receio de alguns é bastante exagerado, uma vez que como todo equipamento eletrônico, os smartphones aquecem durante o funcionamento.
O que não pode acontecer é de a temperatura do aparelho chegar acima de limites aceitáveis. Nesse caso, o superaquecimento pode danificar componentes internos em médio e longo prazo, diminuindo a vida útil do produto. Embora a maioria dos modelos novos contem com recursos de software que desligam o celular quando percebem uma temperatura anormal, é importante conhecer algumas dicas de como resfriar o celular.
1. Desligue as funções que não estiver utilizando
Como em qualquer máquina, quanto mais um celular é exigido, mais energia ele precisa para dar conta de todas as tarefas. Alguns jogos requerem uma maior capacidade de processamento, e tarefas em segundo plano, além de conectividade 4G, Wi-Fi e Bluetooth podem sobrecarregar a capacidade do celular – especialmente em se tratando de modelos mais simples.
Por essa razão, o primeiro conselho é desativar as funções que não estiverem sendo utilizadas. O Bluetooth, por exemplo, não é utilizado na maior parte do tempo e pode ser ativado somente na hora de ligar os fones de ouvido, a caixinha de som ou a pulseira inteligente. Se estiver em um ambiente em que não há redes Wi-Fi, desative também o recurso.
2. Evite deixar o celular exposto a altas temperaturas
Em um dia quente, a temperatura em certas cidades pode chegar aos 40 graus com muita facilidade. Dentro do bolso da sua calça ou da sua mochila, certamente estará ainda mais quente. Essas altas temperaturas podem ser prejudiciais para o produto, fazendo com que ele se aqueça mais do que o necessário.
Sendo assim, redobre a atenção quando estiver na praia ou na piscina. É comum nessas ocasiões que as pessoas “esqueçam” o celular sobre a cadeira, deixando o aparelho exposto ao sol por longos períodos. Nessas situações, como medida emergencial, o sistema operacional costuma desligar o smartphone sozinho para evitar problemas mais graves.
3. Instale apps para monitorar o uso do celular
Se você desconfia que o seu celular está com uma temperatura mais alta do que o normal, instale um aplicativo para monitorar o desempenho. Softwares como o Refrigerador de CPU & Bateria trazem funções como a de monitor de temperatura em tempo real e detector automático de aplicativos de alo consumo.
Além disso, ele conta com funções de arrefecimento que funcionam a partir do desligamento de apps em segundo plano que consumam mais energia do que o necessário. A utilização do serviço é bastante simples e, na prática, ele traz bons resultados. Na Play Store, a média de avaliação dos usuários é de 4.6 de 5.0 possíveis.
4. Retire o case do celular
Em alguns casos, o responsável por superaquecer o produto pode ser a capinha que você utiliza nele. Isso porque alguns modelos de case que não são projetados de forma adequada podem tampar as saídas de ar do aparelho, deixando-o abafado, especialmente em dias mais quentes ou quando ele é exigido em demasia.
Se isso resolver o seu problema, considere comprar outro case para o seu aparelho. Nesse caso, há uma variedade enorme de capinhas para o seu celular e certamente você encontrará algum modelo com o seu perfil e que mantenha desobstruídas as saídas de ventilação do smartphone.
5. Desligue o aparelho por alguns minutos
Se nenhuma das opções acima funcionar de forma eficiente, considere desligar o aparelho por alguns minutos. Isso fará com que os componentes superaquecidos retornem à sua temperatura normal e, ao ligar o celular de novo, é bem provável que ele não volte a aquecer com tanta facilidade.
Ao fazer isso, você estará colocando manualmente em prática um procedimento que já está previsto no sistema operacional para ser executado automaticamente. Enquanto o aparelho estiver esfriando, evite coloca-lo para recarregar e não deixe o produto exposto a altas temperaturas. Além disso, de forma alguma coloque o celular na geladeira.
E se mesmo assim nada funcionar, você vai precisar de ajuda de uma assistência especializada. A MyMob conta com profissionais qualificados para efetuar a troca de bateria e demais componentes, caso haja necessidade, para seu smartphone voltar a funcionar perfeitamente. Encontre uma de nossas lojas perto de você!
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Como acelerar a RAM do seu celular sem a necessidade de root
Tal como acontece com o equipamento informático, RAM é uma das partes mais críticas do seu Android telefone, como é responsável, em conjunto com o processador, para que funcione mais rápido e sem problemas. Por isso, o mais adequado é tratá-lo da melhor maneira possível para que o smartphone funcione em plena capacidade.

Quando um aplicativo é aberto, ele é salvo na RAM até que você feche o aplicativo. Quanto mais aplicativos são iniciados no Android, mais RAM é consumida. Se você tiver uma quantidade considerável de memória, poderá realizar multitarefas sem problemas, mas se o seu telefone tiver entre 1 GB e 4 GB de RAM, você poderá ter problemas ao usar vários aplicativos ao mesmo tempo.
Enquanto em um computador podemos adicionar módulos de memória, expandir fisicamente a RAM do telefone é impossível. Mas isso não significa que não possamos usar alguns truques para acelerá-lo.
Configure seu celular para acelerar seu desempenho
Existem duas maneiras de melhorar o desempenho do seu telefone, dependendo se usamos ou não aplicativos. Se você optar por não instalar nada, existem várias outras maneiras com as quais você pode aumentar a memória RAM do seu celular Android sem fazer nada mais do que tocar nas configurações do smartphone.
Olhe nas configurações do telefone
Seja no aplicativo de segurança / otimização do seu smartphone, ou nas configurações do telefone, quase todos os sistemas operacionais modernos têm a opção de acelerar a memória RAM do dispositivo. Fazer isso é tão fácil quanto localizá-lo em seu telefone (você pode usar o localizador do aplicativo de configurações digitando “RAM”) e ativá-lo como mostramos nesta imagem.
Fechar aplicativos em segundo plano
Pressionando o botão multitarefa ou deslizando o dedo da parte inferior do celular e segurando, podemos acessar a multitarefa do Android. Aqui estão agrupados todos os aplicativos que abrimos desde que o telefone foi ligado e eles permanecem no segundo plano consumindo memória RAM. Escolha aqueles para fechar um a um ou pressione o botão “X” para fechar todos e aumentar o desempenho do aparelho.
Use um papel de parede preto para aumentar a RAM no Android
Usar um papel de parede preto para aumentar a RAM pode parecer estranho para muitos usuários, mas a verdade é que se você usar papéis de parede em movimento ou coloridos, uma grande quantidade de memória será usada e você enfrentará problemas como travamento. e lag no celular.
O bom dos papéis de parede pretos é que eles não apenas aumentam o desempenho do seu Android, mas também economizam bateria em celulares com telas AMOLED.
Remova aplicativos inúteis para aumentar a RAM no Android
Existem muitos aplicativos que não usamos em nosso telefone Android, mas ainda os mantemos. Quanto mais aplicativos você mantém instalados em seu telefone Android, mais armazenamento e consumo de memória ele produz, mesmo se você não os usar.
Gaste alguns minutos por mês para coletar todos os aplicativos não utilizados que você mantém hospedados em seu celular e exclua-os sem medo.
Desligue as animações do sistema
As animações do sistema ficam espetaculares quando você abre ou fecha aplicativos, alterna entre telas ou desbloqueia o celular, mas a verdade é que consomem mais RAM do que deveriam. É aconselhável desativá-los nas opções do desenvolvedor e, nas configurações avançadas deste menu, localizar as opções de escala de animação da janela e desativá-las.
Exclua arquivos inúteis e cache para aumentar a memória RAM no Android
Não existe uma relação direta entre os arquivos da memória interna e da RAM, mas mesmo assim, se você tiver muitos arquivos no armazenamento do telefone, seu desempenho será prejudicado. Portanto, para manter seu dispositivo em boas condições, é recomendável excluir todos os arquivos que você não precisa.
Você pode usar a otimização do seu celular para selecionar o botão “limpar” e limitar todos aqueles arquivos inúteis que não fazem nada além de prejudicar o seu telefone.
Use um aplicativo como o RAM Booster
Existem muitos aplicativos que prometem aumentar a RAM ou aumentar o desempenho do seu telefone Android, mas na realidade eles não fazem nada e consomem muita RAM. Portanto, é melhor não usar esses aplicativos. No entanto, há alguns bastante comprovados como RAM Booster que ajuda muitos usuários a acelere a RAM do celular sem ter que fazer root no telefone .
Este é um aplicativo voltado para aqueles usuários que não possuem uma grande quantidade de memória no celular e que desejam aproveitar ao máximo o desempenho do aparelho. Para isso, basta baixar o aplicativo gratuitamente no link superior, conceder as permissões necessárias e selecionar a opção “Liberar RAM / RAM livre /. O trabalho é feito automaticamente e você verá como o smartphone ganha uma potência extra.