iOS 16 poderá ter novas funcionalidades para o ecrã de bloqueio e a capacidade "Always-on"
Com mais uma edição do WWDC marcado para os dias 6 a 10 de junho, a Apple deverá anunciar a próxima geração do seu sistema operativo para o iPhone, o iOS 16. Anteriormente os rumores apontavam para a introdução de novas formas de interação e aplicações oferecidas pela fabricante. Mark Gurman, analista da Bloomberg sobre assuntos relacionados com a Apple, salientou agora na sua newsletter Power One que o ecrã de bloqueio (lock screen) do smartphone poderá receber diversas melhorias.
O analista diz que a próxima versão do sistema operativo do iPhone vai introduzir wallpapers com funcionalidades semelhantes aos widgets. A funcionalidade de ecrã “always-on” será também uma possibilidade, sistema semelhante ao Apple Watch e já adotado por diversos smartphones Android, num rumor que já tinha sido avançado pelo próprio Mark Gurman no ano passado.
Segundo é referido, a funcionalidade “always-on” será inicialmente exclusiva dos modelos Pro do iPhone 14, a próxima geração dos smartphones da Apple. Esta vai mostrar as notificações e outras informações no ecrã, sem a necessidade de ativar todo o equipamento para as consultar. Uma funcionalidade que poderá reduzir o consumo da bateria, uma vez que se ligará menos vezes o equipamento quando recebe uma notificação.
Veja na galeria como poderá ser o iPhone 14:
Outro assunto relacionado com o iOS 16 diz respeito à otimização do multitasking e a gestão das janelas das aplicações. O sistema operativo poderá permitir que os utilizadores definam o tamanho das janelas das aplicações, o que poderá ser sobretudo útil em modelos de ecrãs maiores ou o iPad.
Por fim, Mark Gurman prevê a introdução de novas funcionalidades, semelhantes a redes sociais, ao Messages, o sistema de mensagens instantâneas do iPhone. Recentemente, a Google “convidou” a Apple a juntar-se ao resto da indústria mobile para adotar o RSC, para que a partilha de mensagens seja mais fácil, dinâmica e segura, independentemente do equipamento utilizado.
Todas as novidades serão confirmadas ou oficializadas durante a próxima semana no WWDC 2022. O mais recente rumor aponta para a apresentação do sistema operativo que vai alimentar o headset de realidade virtual e aumentada da Apple, o realityOS.
Escolas de programação querem ser populares como curso de inglês
O apelo dos computadores e celulares para as crianças vai além do consumo de jogos e aplicativos. O público infantil está cada vez mais interessado em produzir tecnologia.

De olho nesse nicho, pequenos empresários investem em escolas de programação e robótica para crianças a partir dos seis anos.
"Essas aulas vão se tornar tão comuns como as de inglês", diz Jayme Nigri, um dos sócios da escola Futura Code.
Raquel Cunha/Folhapress Victor Kenzo, 12, é aluno do curso de robótica da SuperGeeks, em São Paulo
Criada em 2015, a instituição oferece aulas de robótica, desenvolvimento de aplicativos, jogos 2D e Minecraft, um dos jogos de computador mais populares entre jovens.
O jogo, por sinal, é o principal chamariz da escola para os estudantes, 70% deles meninos.
A mensalidade na empresa, localizada no bairro de Perdizes, na zona oeste de São Paulo, custa R$ 320.
"Eu sempre curti games, mas agora estou aprendendo como se fazem os códigos de programação", diz Lucas Gagliano, 14, que há um ano frequenta a Futura Code.
Segundo Nigri, a empresa recebeu R$ 500 mil de investidores e encerrou o primeiro ano de atuação com faturamento de R$ 200 mil.
Neste ano, os planos são inaugurar mais duas unidades próprias e duas franquias.
O investimento para ser um franqueado da Futura Code será em torno de R$ 300 mil.
NAS ESCOLAS
A MadCode, fundada em 2014, investe no modelo de parcerias com colégios como o britânico St Paul's, em São Paulo, no qual o ensino de programação é obrigatório.
"Ter facilidade com iPhone e iPad não faz de ninguém um nativo digital. É preciso alfabetizar as crianças digitalmente", afirma Daniel Cleffi, um dos sócios da empresa.
A mensalidade na MadCode varia entre R$ 320 e R$ 380. São seis unidades próprias, quatro em São Paulo e duas no Rio de Janeiro.
Cleffi não revela o faturamento. Para julho, está formando uma turma de intercâmbio com o Vale do Silício, onde se concentram as principais empresas de tecnologia nos Estados Unidos.
"Se Mark Zuckeberg não tivesse aprendido a programar aos 12 anos, talvez hoje o Facebook não existisse", especula o empresário.
Foi uma temporada de seis meses no Vale do Silício que levou o empreendedor Marco Giroto a inaugurar a SuperGeeks, em 2014, em uma sala na Vila Mariana, zona sul de São Paulo.
O investimento inicial, de R$ 21 mil, veio da matrícula dos primeiros 70 alunos. "Em duas semanas, compramos computadores e imprimimos o material", conta Giroto.
Raquel Cunha - 9.abr.2016/Folhapress O fundador e diretor da Supergeeks, Marco Giroto, 36, em um dos laboratórios de programação
Um módulo semestral custa cerca de R$ 1.500.
Segundo Giroto, o maior desafio é convencer os pais de que as aulas não são só por diversão. "A programação será fundamental em todas as profissões", afirma.
A empresa fatura R$ 77 mil mensais. A rede tem 19 escolas franqueadas e vai inaugurar mais dez em julho.
O investimento para se tornar um franqueado da SuperGeeks varia entre R$ 150 mil e R$ 200 mil.
O consultor de negócio do Sebrae-SP Fabrício Guilherme diz que a aposta em um nicho pouco explorado oferece a vantagem de sair na frente da concorrência.
Por outro lado, ressalta Guilherme, há muita incerteza sobre o potencial de crescimento desse mercado.
"O principal desafio é mostrar ao seu público-alvo a importância do serviço. Mostrar aos pais que a tecnologia está em tudo", afirma.
iPods e iPhones são proibidos em casa de Bill Gates
Numa entrevista publicada na última edição da revista Vogue, Melinda Gates reconhece que os produtos fabricados pelas empresas concorrentes da Microsoft, que foi fundada pelo seu marido Bill Gates nos anos 1960, não são bem recebidos na casa do casal.
"Há poucas coisas que proibimos em casa mas duas das coisas que não damos aos nossos filhos são iPods e iPhones", sublinhou Melinda Gates, referindo-se aos populares produtos da empresa concorrente Apple.
Ao que parece, os três filhos do casal Gates vão ter de se contentar com o leitor de musica mp3 Zune, fabricado pela Microsoft, e, que apesar de todos os esforços daquele gigante de software não tem conseguido aproximar-se a popularidade e dos números de venda do iPod.
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O leitor Zune tem uma parcela de mercado de três por cento nos Estados Unidos da América, em comparação com os 70 por cento do iPod, da Apple, segundo os últimos dados da empresa de consultoria NPD.
Até Maio do ano passado - os últimos dados fornecidos pela Microsoft - apenas dois milhões de leitores Zune tinham sido vendidos. Por outro lado, a Apple já comercializou 200 milhões de iPods e 18 milhões de unidades do telemovel iPhone.