Qual é o melhor iPhone em custo-benefício de 2022?

Qual é o produto mais rentável da História? A BBC (tenta) responde(r)

Um jornalista da BBC relatou os últimos resultados da Apple dizendo que o iPhone era o produto mais rentável de sempre. Mas será mesmo assim? A própria emissora britânica voltou atrás e tentou olhar para os números e, com ajuda dos ouvintes da BBC Radio 4, tentou perceber se o smartphone lançado pela empresa criada por Steve Jobs é, mesmo, o produto mais rentável da História — pelo menos da História recente.

A maior dificuldade em descobrir qual é o produto mais rentável está relacionada com a própria definição de “produto” e de “rentabilidade”. Será que um prato de sopa ou um café expresso, que pode dar aos cafés margens de quase 90%, conta como um produto? Mas o conceito não é a única dificuldade – muitas vezes, como no caso da Apple, não existe informação detalhada suficiente.

A BBC lembra que o popular medicamento para a impotência masculina Viagra deverá ter uma margem bruta bem superior a 85%, tal como acontece com vários outros medicamentos como o Prozac, para controlar sintomas depressivos. Mas essa é a margem bruta, porque quando se desconta o custo da investigação, marketing e infraestruturas, por exemplo, verifica-se que a rentabilidade destes produtos farmacêuticos é bem inferior.

Será, então, mesmo o iPhone o produto mais rentável da História? Certamente não o é, se olharmos para a rentabilidade adicional por cada unidade extra produzida. É certo que o iPhone é o produto que mais receitas dá à Apple, mas por cada novo iPhone produzido é preciso comprar materiais, assegurar a estrutura (global) de produção e fazer distribuição e marketing.

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Por outras palavras, o custo inicial com investigação pode não subir muito se as vendas duplicarem de um dia para o outro (por hipótese), mas quase todos os outros custos sobem também.

Então será que, tendo em conta a importância dos custos de replicação, o produto mais rentável será, necessariamente, digital? Só porque o custo de mais um download é ínfimo e, portanto, a margem de lucro de cada download é maior?

A BBC embrulhou-se tanto na questão que decidiu optar por avaliar a rentabilidade total do produto ponderando o seu tempo de vida útil. E pediu aos ouvintes que dessem palpites sobre qual seria o produto mais rentável.

Em 2015 a Apple teve mais de 230 mil milhões de dólares em receitas, dois terços dos quais são obtidos com a venda do iPhone. Dessas receitas totais, é uma incógnita qual é o valor do lucro. E a Apple dificilmente irá divulgar esse valor, por questões de concorrência. Mas sabe-se que a Apple teve 53 mil milhões de dólares em lucros totais em 2015. Se assumirmos que o iPhone responde por dois terços do lucro da Apple (porque responde por dois terços da receita), falamos de um valor de 35 mil milhões.

Mas tendo em conta o sucesso do iPhone, pode presumir-se que a proporção do smartphone nos lucros da Apple será maior do que isso. É por isso que a BBC decidiu usar o ponto médio entre esses 35 e o lucro total — 44 mil milhões.

A Pfizer teve receitas de quase 49 mil milhões de dólares – 1,7 mil milhões graças ao Viagra. Mesmo que essas receitas correspondessem a lucros, a Apple consegue a mesma quantia em lucros em duas semanas, afirma a BBC.

Outra sugestão: os refrigerantes. A marca mais bem sucedida de refrigerantes, a Coca-Cola, diz que vende 1,9 mil milhões de doses por dia. Portanto, em apenas 10 horas a Coca-Cola vende mais unidades do que o iPhone vendeu em toda a sua História. Mas, claro, um iPhone é mais caro do que uma lata de Coca-Cola, por isso a BBC acha que apesar de a Coca-Cola existir desde 1886, é improvável que a bebida possa ter gerado 44 mil milhões de dólares em lucros.

E que tal a Microsoft? A rival da Apple tem obtido lucros na ordem dos 20 mil milhões de dólares em lucros nos últimos anos. A Microsoft tem tentado conquistar mercado à Sony nas consolas de videojogos e também tem uma divisão de produção de hardware (componentes e periféricos informáticos). Mas a principal fonte de negócio da Microsoft continua a ser as licenças do sistema operativo Windows e dos programas do Office (Word, Excel etc.).

Se olharmos para o lucro anual da Microsoft com estes programas digitais — com custos de replicação ínfimos — o montante fica bem longe do que a Apple consegue com o iPhone. Mas como o critério da BBC é o tempo de vida útil do produto, há que considerar que a Microsoft vende licenças para o Windows e o Office há décadas. Portanto, se se somar todos esses lucros, ao longo de todos esses anos, será que se chega aos calcanhares do iPhone?

“Talvez”, diz a BBC. “Sendo generoso, se juntarmos todas as vendas” do Office e do Windows, desde os anos 90, é possível que os programas da Microsoft sejam tão ou mais rentáveis do que o iPhone, que só chegou ao mercado em 2007.

Os smartphones que menos desvalorizam? Apple e o iPhone 12 dominam

Para além de todas as suas caraterísticas técnicas e de software, há uma vantagem que é reconhecida no iPhone da Apple, face ao Android. Estes smartphones mantêm o seu valor por mais tempo e são normalmente uma aposta mais rentável no mercado dos usados.

Uma análise recente, focada no ano de 2021, mostrou quais os smartphones que menos desvalorizam.

Uma das opções que muitos consumidores levam em conta para trocar de smartphone é a entrega do modelo usado na compra de um novo. Isso dá uma importância acrescida a certos equipamentos, devido à sua desvalorização.

A análise recente da SellCell veio mostrar quais os equipamentos que têm mais vantagens no mercado dos usados.

Apple domina e iPhone 12 está no topo

A primeira lista mostra quais os smartphones que estão no topo e que conseguiram manter o seu preço durante mais tempo ao longo do último ano.

Aqui temos um domínio claro da Apple e em especial do seu modelo referência do ano passado. Falamos, claramente, do iPhone 12 Pro Max.

Curiosamente, a lista segue com toda a linha de smartphones da Apple associada ao ano de 2020. O iPhone 12 domina o top 5, tendo aqui o Pro, o modelo base e até o mini.

O primeiro smartphone Android que surge é na 5.ª posição, com o Pixel 5.

Smartphones Android são os que mais desvalorizam

No extremo oposto, temos a lista dos smartphones que mais perderam valor. Esta lista é totalmente composta por smartphones Android, com apenas 2 marcas a estarem aqui presentes.

Falamos da Motorola e da LG, com 3 smartphones da primeira e 2 da segunda.

Talvez mais que o número de smartphones que aqui estão presentes, interessa olhar aos valores de desvalorização destes smartphones. Qualquer um destes teve uma perda de valor que está acima dos 80%, com dois deles a ficarem acima dos 85%.

A análise da SellCell vai mais longe e comparou como desvalorizaram os tablets e também aqui a Apple dominou com o seu iPad.

Estes valores podem estar associados à maior taxa de renovação dos clientes com iPhone, que optam por fazer esta troca a cada 1 ou 2 anos.

Qual é o melhor iPhone em custo-benefício de 2022?

Muita gente brinca que as palavras “iPhone” e “custo-benefício” não podem ser usadas na mesma frase. De fato, iPhones nunca foram baratos, mas não é somente o valor que determina a relação custo-benefício do celular, e sim o que ele oferece ao consumidor pelo preço cobrado.

Por isso, decidi preparar esta matéria para ajudar você a encontrar o melhor iPhone em custo-benefício. Vale a pena comprar iPhones antigos? Modelos usados são opções a considerar a longo prazo? Confira nos próximos parágrafos e aproveite os links de compras disponibilizados ao longo da leitura!

Como fizemos a seleção

Essencialmente, a escolha de um smartphone depende de dois fatores: especificações e preço. Assim, esta lista considera o valor de cada modelo no momento da publicação, bem como o histórico de valores recentes, números que usamos para balancear os principais benefícios de cada iPhone para distintas finalidades.

Além disso, esta lista pode ser atualizada no futuro para inclusão ou alteração dos aparelhos sugeridos.

Melhor iPhone custo-benefício para comprar

iPhone 12

O iPhone que mais está valendo a pena pelo custo-benefício é o iPhone 12. O modelo foi lançado em 2020, mas, com a chegada dos iPhone 13 e 14, ficou com um preço muito convidativo para o conjunto entregue.

O iPhone 12 foi o iPhone que trouxe o salto na família que todos estavam esperando há anos: trocou a tela LCD do iPhone 11 por uma OLED; inaugurou o 5G, atualmente presente em todos os tops de linha; trouxe recursos de câmera profissionais; e representou um salto de potência pelo chip A14 Bionic.

Usei um iPhone 12 como meu celular principal por cerca de dois meses e não tive nenhum problema. O sistema operacional que roda nele atualmente é o iOS 16, o mesmo que veio nos novos iPhone 14 Pro/Pro Max, portanto os principais recursos ainda estão presentes por aqui — mesmo sendo mais antigo.

Nas câmeras, o conjunto duplo de 12 MP mais a frontal de 12 MP são excelentes para redes sociais. Há gravação em 4K/60 fps com todas as câmeras, estabilização óptica (OIS) para vídeos estáveis, clipes em Dolby Vision HDR, cores vivas e pouco ruído no modo noturno.

Com relação ao preço, o iPhone 12 tem sido visto abaixo de R$ 4.000 nos últimos seis meses, na versão de 64 GB. Caso queira mais memória, vale dar uma olhada no modelo de 128 GB, que gira em torno de R$ 4.400.

Segunda opção de iPhone em custo-benefício

iPhone SE 2022 (3ª geração)

Nossa segunda indicação é o iPhone SE 2022 (3ª geração). Ele é o iPhone mais barato que a Apple vende no Brasil e traz desempenho melhor que o do iPhone 12 numa roupagem mais antiga.

O iPhone SE 2022 difere de todos os outros iPhones vendidos no Brasil. Ele tem design de iPhone 8, portanto pode fisgar quem procura um iPhone com tela pequena. Além disso, há certificação IP67, NFC para pagamentos por aproximação, corpo premium e leve.

Com relação à câmera, a principal de 12 MP é bem interessante. Faz modo retrato via software e gravação 4K/60fps com estabilização óptica (OIS), além de ter ótima compatibilidade com redes sociais.

No hardware, o iPhone mais barato roda o poderoso A15 Bionic, do iPhone 13, fazendo dele um dos smartphones mais rápidos disponíveis no Brasil e no mundo. Talvez onde ele deva deixar a desejar é na bateria, que tem apenas 2.018 mAh e não deve aguentar longas utilizações.

No comparador de preços Zoom, o iPhone SE 2022 (3ª geração) estava em tendência de queda até setembro, mas teve uma leve alta no preço neste mês de outubro, rondando nos R$ 2.800. É um valor interessante e que deve cair ainda mais com a Black Friday chegando.

Esperamos ter ajudado e desejamos boa sorte na busca pelo seu novo celular da Apple!

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