Celular para idoso: 6 modelos para comprar em 2022
Celular para idoso: 6 modelos para comprar em 2022 Selecionamos diferentes modelos de celular para idoso com recursos interessantes Redação - Buscapé 7 min. de leitura

7 min. de leitura Publicado 09/09/2022 e atualizado 09/09/2022
Está em busca de um celular para idoso? Muitos idosos estão na fase de “transição” para os smartphones. Afinal, são ótimos aparelhos para eles poderem se comunicar com toda a família de forma rápida e fácil.
Para muitas dessas pessoas, não é necessário um modelo super potente. Por isso, preparamos uma lista com boas escolhas de celular para idoso que são baratos e entregam bom desempenho no uso básico.
Separamos seis modelos de telefone para idoso que podem ser usados com aplicativos como o WhatsApp, Facebook, entre outros, e um “convencional”, sem acesso a essas funções, apenas para aquelas pessoas que buscam um aparelho apenas para ligações, por exemplo.
Veja a seguir a nossa seleção com o que o mercado tem de melhor em celular para idosos de 2022.
Para ouvir música ou se comunicar com a família, listamos os melhores modelos de celular para idoso de diferentes marcas (Foto: Shutterstock)
Como escolhemos os celulares para idosos?
Para escolher um celular para idoso, nós devemos ter atenção em alguns detalhes. Idosos têm necessidades específicas, que precisam ser levadas em conta. Diferente dos mais jovens, que buscam os recursos mais avançados, os idosos buscam mais em um celular, funções que contribuam com a sua rotina e que sejam fáceis de usar.
É importante ressaltar que a curadoria dessa lista foi feita pela Raquel Pompeu, uma das nossas Especialistas do Buscapé. Ela levou em consideração a qualidade dos aparelhos, além da adaptabilidade para os idosos.
Celular para idoso pode ser bom e barato (Foto: Shutterstock)
Para te ajudar nesta missão, nós separamos algumas dicas que são essenciais para escolher um bom telefone para idoso. Confira com a gente:
Tela grande: A maior parte dos idosos, devido à baixa visão, tem problemas com letras e números pequenos. Então uma boa dica para comprar um celular para idoso, é optar por telas grandes. Mas não basta isso, outra dica é configurar o telefone para idoso para usar fontes maiores.
A maior parte dos idosos, devido à baixa visão, tem problemas com letras e números pequenos. Então uma boa dica para comprar um celular para idoso, é optar por telas grandes. Mas não basta isso, outra dica é configurar o telefone para idoso para usar fontes maiores. Botões grandes: Outra dificuldade que alguns idosos têm é na hora de digitar em modelos com tela de touch e botões muito pequenos. A dica de ouro é optar por modelos de touch com teclas grandes ou ainda um modelo com teclado físico. Esses, com certeza, serão boas opções de smartphone para idoso.
Outra dificuldade que alguns idosos têm é na hora de digitar em modelos com tela de touch e botões muito pequenos. A dica de ouro é optar por modelos de touch com teclas grandes ou ainda um modelo com teclado físico. Esses, com certeza, serão boas opções de smartphone para idoso. Botão de emergência: Outro aliado dos idosos é o botão de emergência. Com ele, você cadastra um número de telefone de um parente, que pode ser acessado diretamente através deste botão. Ele é perfeito para situações de emergência em que o idoso precise de socorro.
Outro aliado dos idosos é o botão de emergência. Com ele, você cadastra um número de telefone de um parente, que pode ser acessado diretamente através deste botão. Ele é perfeito para situações de emergência em que o idoso precise de socorro. Interface limpa: Mais um problema que atrapalha os idosos são celulares cheios de acplicativos ou com muitas informações. A dica é optar por um celular para idoso com o mínimo de aplicativos (apenas os importantes). No caso de celulares Android uma boa opção é o uso de um aplicativo (Big Launcher, clique para baixar) que altera a interface, exibindo ícones grandes aumentando a acessibilidade.
Mais um problema que atrapalha os idosos são celulares cheios de acplicativos ou com muitas informações. A dica é optar por um celular para idoso com o mínimo de aplicativos (apenas os importantes). No caso de celulares Android uma boa opção é o uso de um aplicativo (Big Launcher, clique para baixar) que altera a interface, exibindo ícones grandes aumentando a acessibilidade. Bateria: Um bom celular para idoso precisa ter uma bateria resistente. Nada de aparelhos que precisam de carregamentos constantes. Dê preferência para modelos com o mínimo de um a dois dias de autonomia.
Um bom celular para idoso precisa ter uma bateria resistente. Nada de aparelhos que precisam de carregamentos constantes. Dê preferência para modelos com o mínimo de um a dois dias de autonomia. Recursos Extras: Existem ainda outros recursos, que apesar de não serem essenciais, ajudam o dia a dia dos idosos. Os que mais se destacam são a lanterna, o rádio FM e uma câmera de qualidade. Procure essas ferramentas ao investir num smartphone para idoso.
Semp Toshiba Go! 3e
Baratinho, o Semp Toshiba Go! 3e é uma ótima opção de celular para idoso. Ele tem tela de cinco polegadas, um tamanho que agradará aqueles que ainda não se acostumaram com os celulares grandes. Esse modelo usa o Android 8.1, então você pode instalar apps da Play Store como o WhatsApp, Facebook, entre outros.
O telefone celular para idoso tem GPS integrado, entrada para dois chips e 8 GB de armazenamento interno, com espaço para cartão de memória. Por falar em memória, veja qual é o melhor celular até 128 GB em nosso artigo aqui no Buscapé.
Por que o Semp Toshiba Go! 3e é um bom telefone celular para idoso?
Tela de 5" que vai agradar os idosos
Desempenho satisfatório para os apps do dia a dia
Câmera deve entregar boas fotos
Android pra usar o WhatsApp, Facebook e outros apps
Xiaomi Redmi Go
O Redmi Go é um celular Xiaomi barato indicado em nossa lista de celulares para idosos que buscam um smartphone para usar apps do dia a dia, como WhatsApp, Facebook e Instagram. Apesar de ter ficha técnica básica, o telefone traz o sistema Android Go, otimizado para funcionar com fluidez em aparelhos com até 1 GB de memória RAM.
Ele tem uma tela de cinco polegadas de IPS LCD com resolução HD, tem processador Snapdragon 425, indicado para uso de tarefas simples (ligações, ler mensagens, etc), câmeras básicas, sendo a traseira com 8 MP e a frontal com 5 MP e bateria de 3.000 mAh (suficiente para um dia longe das tomadas).
Por que o Xiaomi Redmi Go é um bom telefone celular para idoso?
Filma em Full HD
Tem bateria com boa durabilidade
A tela tem bom tamanho para idosos
Câmeras boas para a categoria
Quer saber qual é o melhor celular Android para comprar em 2022? Confira neste artigo a nossa lista.
Galaxy A01
O Galaxy A01 é um celular do idoso simples, que se destaca pelo custo acessível. O smartphone da fabricante sul-coreana, porém, é indicado apenas para quem quer um aparelho para tarefas comuns do dia a dia. Ele usa processador Qualcomm Snapdragon 439, com memória RAM de 2 GB.
A ficha técnica desse celular para idoso conta com bateria de 3.000 mAh e promessa de duração de até 15 horas de uso, possui câmera dupla para fotos. A câmera principal conta com 12 MP e foco automático habilitado, tem armazenamento interno de 32 GB e suporta expansão para até 512 GB via MicroSD.
Por que o Galaxy A01 é um bom smartphone para idoso?
Conta com tecnologia de reconhecimento facial
Design fino e confortável, com variedade de cores
Suporta cartão MicroSD
Custo baixo no mercado
Galaxy A10s
Apesar de não ser um celular para idoso especificamente, o Galaxy A10s é uma ótima opção para eles. Possui uma tela grande, de 6,2 polegadas com resolução HD e notch em formato de gota, um detalhe de design comum nos modelos mais recentes. Sua bateria tem 4.000 mAh e promete um dia completo de autonomia.
Seu processador é o Helio P22, que junto aos 2 GB de RAM, é indicado para rodar apps leves do dia a dia, como redes sociais, aplicativos mensageiros, navegadores de internet, entre outros. Esse aparelho tem 32 GB de armazenamento interno para guardar arquivos, mas aceita cartão de memória para expandir esse espaço.
Por que o A10s é um bom smartphone para idoso?
Conta com tela grande com boa resolução
Espaço suficiente para os apps básicos e arquivos
Bateria com autonomia para pelo menos um dia
Câmeras traseira e frontal para boas fotos
Se você gosta de tirar fotos, então precisa conferir quais são os celulares com as melhores câmeras do mercado.
Moto G8 Play
O Moto G8 Play é um smartphone para idoso que possui design simples e sem grandes características. O diferencial desse aparelho é a tela, do tipo IPS LCD com boa qualidade. Para facilitar a visualização dos idosos, a tela mede 6,4 polegadas, com resolução 720 x 1560 (HD+).
O desempenho do celular se mostra satisfatório graças ao chip Snapdragon 665, capaz até de ser indicado para alguns jogos. Outro ponto alto do celular para idoso é o conjunto de câmeras. São três sensores localizados na parte traseira do aparelho, com destaque para os 16 MP da principal. A bateria também é boa. São 4.000 mAh entregando mais de um dia de uso moderado.
Por que o Moto G8 Play é um bom telefone celular para idoso?
Bateria com boa autonomia
Bom conjunto de câmeras para fotos
Tem acesso à internet
Processador garante bom desempenho
Positivo P70S
O Positivo P70S é conhecido por ser um celular 'quase smart'. Isso porque essa excelente opção de celular simples para idoso consegue rodar bem o WhatsApp, por exemplo, o que o torna muito útil para trocar mensagens com os idosos.
Entretanto, o 'quase smart'se justifica pelo fato de não possuir a opção de enviar áudio, vídeo ou fazer o compartilhamento de documentos. Esse melhor celular para idoso ainda vem com 512 MB de memória RAM, conexão Wi-Fi, bateria de 1350 mAh, processador KaiOS de 1.3 GHz, Quad Core e cartão expansível de memória de 32 GB.
Por que o Positivo P70S é um bom telefone celular para idoso?
Vem com rádio FM
Possui conexão via wi-fi
Roda bem apps básicos, como WhatsApp
Possui teclado inteligente
Quer saber quais são os melhores celulares com bom custo-benefício? Veja opções para comprar aqui neste artigo.
Ferramentas do Buscapé
Gostou da nossa lista de melhor celular para idoso? Ficou com vontade de comprar algum dos modelos? Então temos ferramentas e listas para te ajudar a economizar de verdade!
Está na dúvida sobre como comprar um celular? Temos um guia com muitas informações. Além disso, temos um texto sobre as marcas de celulares para você entender as diferenças. Há também artigos das principais fabricantes, como melhor Asus, melhor celular Samsung, melhor Xiaomi, melhor Motorola e melhor iPhone.
Agora, sobre as nossas ferramentas... uma dica legal é que você tem como baixar e usar a nossa extensão para o navegador Google Chrome para aproveitar tudo que oferecemos. Com ela, você tem acesso ao nosso Cashback, que é dinheiro de volta para você. Aliás, se liga nesse vídeo!
Outra ferramenta super importante é o Histórico de preços, uma das nossas principais. Ela serve para você acompanhar a flutuação dos valores de um celular ou qualquer outro produto. Você pode selecionar períodos específicos de tempo - como nos últimos 40 dias ou seis meses. Assim, saberá se o valor está bom para comprar. Confira abaixo!
Temos também o Alerta de Preço. Ele serve para te avisar quando o produto que você deseja chega na faixa de preço que você quer. Nós te avisamos, ok? E, para finalizar, veja a nossa página com uma curadoria diária de cupons para você para você comprar com desconto!
Sabe quanto vale o seu smartphone usado? Faça aqui a simulação
O preço de um smartphone tende a variar muito dependendo da marca e do modelo, tendo em conta o tempo a que já está disponível no mercado e as próprias marcas de uso.

Assim sendo, tem noção de quanto vale o seu smartphone usado? No site da Open Box Mobile poderá fazer essa avaliação com resultados imediatos e quem sabe avançar com a venda ou retoma.
Se está a pensar trocar de smartphone ou se tem alguns perdidos pelas gavetas de casa, saiba que ainda podem valer algum dinheiro. Mas quanto?
Alguns modelos, olhando para o mercado, podem ser fáceis de avaliar, mas na generalidade esse não é um processo simples. Provavelmente até está a pensar que já ninguém dá nada pelo seu smartphone… está enganado.
Descobrimos o site Open Box Mobile que tem um serviço de retoma e venda de equipamentos em segunda mão que o ajuda a perceber imediatamente o valor do seu smartphone.
A retoma de equipamentos na Open Box Mobile
A Open Box Mobile é uma loja de venda de produtos recondicionados, que não se limita aos smartphones, podendo encontrar computadores, tablets, acessórios ou smartwatches entre outros produtos.
No caso da retoma, além da avaliação de smartphones no site ou através do pedido por email, poderá pedir uma avaliação desses outros dispositivos. Em concreto, a retoma é a troca de equipamentos antigos por recondicionados. Trata-se de um procedimento extremamente simples e prático para todos, que permite ao cliente desfazer-se de equipamento ao mesmo tempo que fica com um novo.
O processo ocorre desde a simulação que poderá ser online ou presencial, tal como descrito em seguida. Também poderá recorrer à Open Box Mobile para reparar os seus dispositivos.
Quanto custa o seu smartphone? Faça a simulação
No site basta entrar neste link e selecionar a opção “Quero vender o meu equipamento”. Selecionar a opção telemóvel e a marca. Caso a marca do seu smartphone não surja na lista, poderá preencher um rápido formulário e irá receber rapidamente na caixa de e-mail uma avaliação.
Depois da marca, há que escolher o modelo, a versão em termos de RAM e armazenamento, indicar se está bloqueado ou não, e responder a algumas questões sobre o estado do smartphone, como se tem bateria original, ecrã original… e até avaliar por grades, dependendo do estado do smartphone.
Feita esta “auto-avaliação”, terá que adicionar os seus dados e escolher a opção se quer enviar o smartphone por correio ou entregar em loja. Feito isso, é devolvido o valor da avaliação.
Neste caso, fiquei a saber que o meu Huawei Mate 20 Pro com quase 4 anos ainda vale 90 €!
Há que considerar que este é um valor estimado. Em loja ou com o envio por correio ainda será feita uma nova avaliação. Caso o preço seja do seu agrado pode então avançar para a venda, sendo que o valor pode ficar em crédito na loja Open Box Mobile ou ser-lhe depositado na conta bancária.
Como preparar o equipamento?
É importante que o seu dispositivo seja vendido ou trocado sem que perca os seus dados. Portanto, há que seguir alguns procedimentos básicos, que são válidos até para o caso de venda em lojas de segunda-mão, ou para dar a algum familiar.
Em primeiro lugar deverá efetuar uma cópia de segurança do seu equipamento e remover todas as suas contas, efetuando uma reposição de dados de fábrica. Uma higienização, com um pano microfibras, para remover dedadas e outra sujidade também será bem-vinda.
Quanto vale o seu smartphone?
Review Android 12 | inteligente e personalizável — o problema são os outros
Após meses em testes, o Android 12 virou realidade. O sistema operacional foi liberado nesta semana finalmente em sua versão final, com todos os recursos prometidos pelo Google durante a apresentação em maio.
O Canaltech teve a oportunidade de testar a versão ao longo dos últimos meses e acompanhar como o Android evoluiu desde o primeiro beta até o seu lançamento definitivo. Conheça tudo sobre o sistema operacional e sua trajetória ao longo dos meses.
Material You esbarra nos outros
O maior destaque do Android 12 é visual. O Google apostou pesado em uma nova identidade visual chamada Material You, que reformula alguns conceitos estéticos do sistema e traz a personalização como conceito central. Daí o "You" no nome.
Graças a essa nova ideia, por exemplo, um usuário pode escolher uma cor de preferência, ou permitir que o sistema decida automaticamente a partir do plano de fundo. Essa tonalidade será vista por todo o sistema e até mesmo em alguns aplicativos que estiverem adaptados.
Não há do que reclamar sobre a iniciativa do Google. O sistema é elegante, agradável ao olhar, com transições fluídas, aplicativos adaptados. O problema, como muitas coisas na vida, são os outros.
O Google é responsável por apenas uma parte pequena da experiência do Android. Boa parte do uso do celular é utilizando aplicativos de outras empresas, como WhatsApp, Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter... E todo esse esforço de personalização é basicamente imperceptível se outros desenvolvedores não embarcarem junto na ideia do Material You.
Um exemplo bem simples: um dos recursos do novo visual é adaptar ícones com base na cor escolhida. O sistema informa que ainda se trata de uma função em beta, mas o fato é que, no formato atual, ela só faz sentido para um usuário que utilize exclusivamente aplicativos do Google. NENHUM outro app está adaptado, de nenhuma outra empresa, o que cria uma experiência incongruente e desagradável.
E é questionável se os demais desenvolvedores terão incentivo suficiente para mudar isso no futuro. Por enquanto, o Material You é uma exclusividade da linha Pixel, que está longe de ser a mais popular do mercado. Há, portanto, pouca motivação para garantir a compatibilidade.
Isso também vale para os widgets alardeados como uma novidade provocada pelo avanço da Apple. O Google reformulou o visual de alguns deles, com destaque para o de relógio e de previsão do tempo, mas tantos outros apps não adotaram a mesma identidade e é bem possível que nunca adotem.
Deixados para trás
Ao longo dos meses de testes, foi interessante observar como o Google abandonou algumas das ideias que tinha no início. O primeiro beta trazia um efeito de partículas ao usar a barra de navegação que foi mitigado nas atualizações posteriores e eliminado na versão final; o motivo foi que muitos usuários pensavam que a animação parecia um bug.
Da mesma forma, o menu de configurações que era extremamente colorido se tornou mais sóbrio, e o slider de volume, estranhamente grosso, se tornou mais fino e delicado.
Sentimentos mistos
Um dos maiores impactos sentidos ao usar o Android 12 estava nos ajustes rápidos do sistema operacional, que passou a ter botões retangulares enormes em vez de vários pequenos círculos.
A opção do Google foi simples: menos é mais. Os botões maiores dão acesso a um menor número de atalhos, mas tornam mais fácil encontrar e pressionar aqueles que realmente importam — e você ficaria surpreso com quantos deles são irrelevantes.
No entanto, uma mudança em comparação com o Android 11 se provou especialmente incômoda. Com a atualização, o Google matou o menu de energia com controles da casa inteligente sem uma justificativa clara.
O recurso havia tornado extremamente prático controlar lâmpadas conectadas e outros dispositivos vinculados à sua conta do Google. No entanto, a empresa optou por um menu mais convencional, apenas com botões de desligar, reiniciar e capturar tela, além do bloqueio e ligação de emergência.
A opção provavelmente visa tornar mais facilmente acessíveis os controles mais urgentes do celular, especialmente para o público que não é tão íntimo da tecnologia, mas acaba afetando a parcela de usuários que já estava investido na casa conectada. As mesmas ações requerem muito mais toques para serem realizadas.
A impressão que fica é que o Google pensou em uma série de recursos para tornar seus celulares mais próximos de um público não tão próximo da tecnologia. É uma decisão válida, mas é uma pena que não haja uma opção para retornar como era antes para quem preferir.
Privacidade no centro, mas é o bastante?
O Google bateu na tecla da privacidade como um dos pontos-chave do Android 12, e alguns desses recursos chamaram bastante atenção ao longo dos últimos meses em que usei o sistema operacional. Talvez o que tenha se tornado mais parte da minha vida é o indicador de uso de microfone e câmera, que aparece no topo direito da tela sempre que um app ameaça acessar essas funções do celular.
É um elemento bem simples de interface e que, na maioria esmagadora dos casos, vai aparecer em momentos inofensivos, quando você for tirar uma foto ou gravar um stories para o Instagram. No entanto, ele está lá para detectar o mau uso: quando um app está monitorando o usuário sem permissão. A partir disso, é possível identificar o aplicativo problemático e removê-lo.
A solução é tão simples e tão importante que a pergunta correta é: por que o Google não implementou isso antes?
Também se tornaram notáveis os alertas de que determinado app está acessando a área de transferência do sistema para ver o texto copiado pelo usuário. Novamente, é um recurso simples, que basicamente sempre apontará um comportamento inofensivo, quando você está copiando e colando algo, mas fundamental para detectar um aplicativo mal-intencionado, vasculhando conteúdo ao qual ele não deveria ter acesso.
O sistema traz outras ferramentas importantes, mas que, francamente, devem ser usadas por poucas pessoas. O Painel de Privacidade resume de forma acessível quais aplicativos estão utilizando as permissões a que têm acesso no seu celular para coletar dados sensíveis, como localização, câmera e microfone.
Em uma checagem, eu encontrei um app acessando minhas informações de atividades físicas sem qualquer justificativa clara para isso, ao qual eu sequer lembrava que tinha dado acesso a tais informações. Foi a oportunidade para revogar essa permissão. Infelizmente, o recurso está enterrado na janela de configurações do sistema, aonde, creio, poucas pessoas irão.
Outra novidade em termos de privacidade é a capacidade de compartilhar uma localização aproximada para aplicativos que solicitam essa informação. Na minha experiência, no entanto, vários apps recusaram esse tipo de uso, o que é preocupante.
Outros recursos bacanas
Nem todos os recursos novos do Android 12 são chamativos a um primeiro olhar, mas vários deles trazem mais qualidade de vida e são extremamente bem-vindos.
Um deles é a capacidade de tirar prints roláveis, que expandem a imagem além do que a tela é capaz de mostrar. É uma ferramenta importante para quem costuma fazer capturas de janelas de chat, por exemplo, não precisar fazer quatro ou cinco prints em sequência e depois ficar confuso sobre a ordem correta, e tudo aqui funciona muito bem.
O recurso já era bastante usado em vários aparelhos Android, mas sempre como uma ferramenta implementada diretamente pela fabricante. Agora, ele passa a ser nativo do sistema operacional, como uma experiência uniforme entre dispositivos.
Outra novidade é o modo de uma mão, que tenta adaptar o celular a uma realidade em que as telas são cada vez maiores e, ainda por cima, compridas. O sistema é capaz de abaixar o topo da interface para tornar os ícones que estão na parte de cima do painel mais acessíveis para os momentos em que não é conveniente segurar o aparelho com as duas mãos.
Na minha experiência, tive poucas oportunidades de usá-lo em um cenário realista. Na maior parte das vezes em que ele foi acionado, foi por acidente, o que pode ser uma falha de UX por parte do Google, mas o conteúdo no topo da tela realmente se torna mais acessível.
Conclusão
O Android 12 é uma renovação bem-vinda ao sistema operacional, que já começava a dar sinais de defasagem em termos visuais. O Material You, especificamente, é uma iniciativa muito interessante de dar ao usuário mais controle sobre a aparência de seu dispositivo sem precisar instalar launchers mirabolantes.
No entanto, o Google tem pouco controle sobre seu ecossistema. Uma mudança no projeto gráfico do sistema operacional esbarra na falta de adesão de outros desenvolvedores, que até o momento não se mostraram interessados em produzir novos formatos de widgets ou se adaptar à personalização proposta pelo Material You. Ícones fora do formato são o padrão, por enquanto, e não exceção.
Em relação à privacidade, o Android ainda corre atrás do iOS, que lidera as iniciativas de proteção de dados ao ponto de causar impacto negativo no mercado publicitário. No entanto, é bom ver que ao menos o Google está se mexendo, embora seja questionável até onde a companhia está disposta a ir, já que seu modelo de negócios depende de publicidade.