Unsplash/Jenny Ueberberg Veja como proteger seu celular

A perda do celular ou roubo dos aparelhos são portas de entrada para golpes e acesso indevido a dados pessoais e bancários. Segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP) do estado, a Região Metropolitana do Rio registrou um crescimento de 62% no número de telefones furtados em novembro de 2021 na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Já entre janeiro e novembro do ano passado, foram aproximadamente 11 mil furtos e 13 mil roubos de celulares.
O prejuízo não se limita à perda do aparelho. Hoje, há quadrilhas de criminosos especializadas em tirar todo o dinheiro da conta bancária ou praticar outros crimes com o uso dos dados pessoais do dono do aparelho.
O usuário também deve ficar atento a prejuízos que poderão ser causados a contatos telefônicos, parentes e amigos. Para Victor Santos, CEO e fundador da Clavis Segurança da Informação, empresa especializada em cibersegurança e privacidade de dados, para aumentar a segurança do dispositivo, o usuário deve fazer um passo a passo para impedir ou dificultar o acesso de terceiros ao celular, aos aplicativos e às redes sociais
"É possível adotar providências antes e depois de um incidente como perda, furto ou roubo do celular, seja para proteger suas informações, seja para recuperar os dados e o aparelho", explica Victor Santos, que elaborou um guia para reduzir os prejuízos.
O que fazer antes:
1 – Conheça os dados do seu celular
Aplicativos de bancos, corretoras de investimentos, redes sociais, e-mails, app de compras, de anotações pessoais e de trabalho, contas em jogos on-line etc. Lembre de anotar e guardar os nomes e os dados de acesso dos principais apps que você usa. Assim, vai saber para onde deve ir e o que fazer após o incidente. Atenção especial aos dados bancários e pessoais.
2 –Realize o backup
Isso pode garantir a recuperação de todos os dados de seu celular em um determinado período. É possível escolher o período. Sugestão para quem usa com muita frequência e, portanto, modifica constantemente os dados: diminua o intervalo entre os backups.
3 – Proteja o chip
Este é o primeiro ajuste. Consiste em colocar uma senha no SIM card, o chip da operadora (do contrário, o criminoso poderá retirar o chip e inseri-lo em outro smartphone e ter acesso total aos serviços de sua linha telefônica). No Android, entre em Configurações, Segurança, Bloqueio do cartão SIM e Exigir PIN.
4 – Anote os números de fábrica/registro de seu celular (IMEI, nº série, PIN e PUK)
Apesar de não ser mais obrigatório informar esse dado para a operadora em caso de perda/furto ou roubo, bastando o número do celular, ainda assim é importante conhecer esses dados que podem ser úteis, principalmente para a realização de um Boletim de Ocorrência na delegacia. Os dados são tipo/modelo do celular, número de série, IMEI, PIN e PUK.
Para descobrir seu IMEI, basta abrir o app de ligações telefônicas e digitar *#06# no teclado. O IMEI será exibido na tela. Anote e guarde num lugar seguro. Também pode encontrar em Ajustes>Geral>Sobre, no caso de aparelhos com sistema iOS. Os números do PIN e PUK do chip (que vêm no cartão) também devem ser guardados para uma eventual necessidade.
5 – Crie uma senha forte para a tela de bloqueio
É fato que, em caso de roubo, o acesso ao aparelho bloqueado pode ser exigido mediante violência. Mas para os casos de furto, uma senha forte ajuda muito a reduzir o risco de acesso imediato ao celular. Use sempre códigos de bloqueio, com preferência a uma senha forte alfanumérica. Outro requisito é configurar para que, caso haja dez erros consecutivos desse código de desbloqueio, o celular possa ser formatado. O iPhone permite essa configuração.
6 – Use o Mecanismo de Autenticação Multifatorial (MFA)
Implemente o mecanismo de autenticação de dois fatores em todas as aplicações que o permitirem, especialmente nas suas redes sociais e nos acessos a serviços como e-mails, compras, bancos etc.
O acesso é controlado por um procedimento que estabelece a identidade do usuário com algum grau de confiança (autenticação) e só concede determinados privilégios (autorização) de acordo com a identidade.
Para uma boa autenticação, deve-se usar dois ou mais destes fatores: o que você sabe (uma senha, respostas a perguntas pré-estabelecidas etc.); o que você tem (um token, um cartão, celular etc.); o que você é (biometria: impressão digital, face id, retina etc.). Há diversos apps de autenticação.
Outra dica é usar app que possa ser instalado também em um computador, para o caso de perda do celular. Exemplo de app de autenticação muito usado é o Google Authenticator, onde o usuário pode baixar o aplicativo e cadastrar os serviços que deseja associar a um mecanismo forte de autenticação. O app fornecerá um token para ser digitado a cada login (e-mail, rede social etc.).
7 – Uso de biometria em aplicativos do celular
Habilite o uso de biometria, como reconhecimento facial, Touch ID ou senha para todos os aplicativos que o permitirem. Exemplo: apps de bancos, compras, e-mails como Outlook, Evernote, WhatsApp etc. Essa camada de proteção permite que, mesmo que o criminoso consiga acessar e desbloquear seu telefone, não acessará os apps que tenham esse mecanismo.
8 – Fechar os aplicativos corretamente após o uso
É recomendável que qualquer app seja fechado corretamente, do contrário, poderá ficar rodando em segundo plano, às vezes com o serviço logado por várias horas. Isso pode gerar risco do acesso fácil não autorizado, caso um criminoso tenha acesso ao celular. Tenha o hábito de fechar sempre a janela após usar um app.
9 – Configure o acesso remoto
Os dispositivos móveis permitem que você configure o acesso remoto para buscar a localização em caso de perda, bem como para realizar uma ação mais radical como apagar/deletar o conteúdo remotamente.
Essa busca está disponível no Android, logando em seu computador com sua conta do Google e digitando "Find my phone". Abre-se uma aba com a localização aproximada do seu smartphone. Configure a proteção e limpeza para ativar o recurso de monitoramento remoto do smartphone.
No iPhone, você encontra esta opção acessando o iCloud com o login e senha da Apple e clicando em "Buscar iPhone" para conferir se está tudo certo.
Aproveite para verificar quais aplicativos estão usando sua localização. No iOS, vai em: Ajustes>Privacidade>Serviços de Localização e habilitar, se preferir, que apps deseja que acessem essa informação.
10 – Desabilitar notificações na tela bloqueada Leia Também
Uma simples configuração para desabilitar as notificações, de modo que não apareçam nas telas bloqueadas, pode ajudar na sua proteção, pois não permitirão que o criminoso tenha acesso à visualização de mensagens e demais conteúdos que possam surgir, como a de um SMS contendo algum código de acesso ou mensagens privadas.
Basta configurar. Ao fazer a pergunta para o assistente virtual, pode-se obter algumas informações importantes, como os dados do dono do celular, ligações perdidas etc. Para desabilitar as notificações da Siri, basta acessar e desabilitar o serviço em Ajustes>Siri>Permitir notificações.
O que fazer depois:
1 – Buscar a localização do aparelho
Se sua linha de celular é pré-paga e estiver sem crédito, recomenda-se comprar crédito para reestabelecer a rede de dados e garantir o recebimento dos comandos de exclusão e limpeza dos dados do aparelho, bem como o de sua localização.
Acesse as ferramentas de seu smartphone para situações de perda ou roubo. Pode acessar as páginas de serviço de localização de um computador: Apple/iPhone ou Google/Android.
Se for possível localizar o aparelho, o usuário pode tentar recuperá-lo ligando para ele. E caso ninguém atenda, ainda pode tentar a execução de um comando remoto para que o celular emita um som de alerta.
Há relatos em que o celular foi encontrado por pessoas após esse toque sonoro, como o caso de motoristas de táxi/aplicativos. Em caso de roubo, o cenário é mais complicado. Você deve agir o mais rápido possível para priorizar a proteção dos seus dados. Nesse caso, tanto o rastreamento quanto o toque sonoro não devem ser acionados, pois podem chamar a atenção do criminoso, que provavelmente vai desligar o aparelho ou tentar acesso para subtrair o máximo de dados.
2 – Enviar um comando remoto de limpeza dos dados
Caso tenha certeza de que não vai recuperar o telefone, melhor enviar logo um comando remoto para apagar os dados do smartphone. Acesse sua conta como citado no Passo 1. No iPhone, o comando chama-se "Apaga dispositivo"; já no Android, "Limpar dispositivo". A partir daí, os dados do celular serão apagados e se tornarão inacessíveis para qualquer um que tenha a posse dele.
3 – Comunicar a operadora
Em caso de perda ou roubo, você deve comunicar o fato à prestadora e solicitar o bloqueio do serviço. De acordo com a Anatel, basta informar o número do celular. Além disso, quem perdeu o celular e o reencontrou depois de bloqueado, pode fazer o desbloqueio ligando novamente para a operadora.
Para o bloqueio, a operadora solicitará o número do Registro de Ocorrência e o número do IMEI. O aparelho ficará impedido de se comunicar com qualquer rede móvel, restringindo as ações do criminoso. Caso a polícia não tenha realizado o bloqueio a tempo, a operadora o fará.
4 – Registre a ocorrência em uma delegacia
Em caso de roubo e furto, vá até uma delegacia registrar ocorrência. Isso também pode ser feito pela internet, se a polícia da sua região permitir o registro de ocorrência on-line em caso de furtos. O bloqueio também pode ser feito diretamente pela polícia no momento do Registro da Ocorrência. A Polícia Civil de quase todos os estados, além do Departamento de Polícia Federal, já têm acesso ao sistema que permite o bloqueio de telefone.
Para o Boletim de Ocorrência, devem ser fornecidos os dados referentes ao seu telefone, além das circunstâncias do crime (o que, quando, onde, como etc).
No caso de perda, você também pode registrar a ocorrência, mas como não houve crime, você pode deixar registrado o evento para uma futura preservação de danos, uma vez que existiam dados pessoais no celular que podem ser encontrados e usados sem autorização.
5 – Troque todas as senhas usadas no celular
Priorize trocar as senhas e realizar o log-off de todas as sessões em funcionamento, em especial de qualquer aplicativo que contenha dados bancários como cartões de crédito ou débito, conta-corrente etc. Modifique todas as senhas imediatamente, inclusive de suas redes sociais e serviços em geral.
Lembre-se de ligar para seu banco ou sua operadora do cartão de crédito/débito para alertar sobre a perda/furto ou o roubo e pedir o cancelamento. Qualquer tentativa de compra indevida será bloqueada.
6 – Avise seus contatos
É muito provável que você ou seus contatos recebam alguma comunicação dos criminosos tentando um possível golpe. Esteja atento e alerte seus contatos sobre a perda do celular e para que redobrem a atenção. Peça para que lhe avisem caso recebam tentativa de golpes em seu nome.
O mais comum é o uso das redes sociais e apps de mensagens instantâneas para pedir algum dinheiro se fazendo passar por você.
Também é comum o criminoso entrar em sua rede social e modificar as configurações de e-mail e senha, para que você não consiga acessar mais. Se ele conseguir fazer isso, será mais difícil recuperar sua conta. Siga as orientações da empresa criadora do app para verificar como resolver o problema.
7 – Veja como consultar o uso de seu CPF em instituições financeiras
Este passo será fundamental para manter seu nome limpo e livre de possíveis problemas com seu CPF.
Para você acompanhar seu CPF, é recomendável estar cadastrado no serviço Registrato do Banco Central do Brasil. É um serviço que contém informações sobre sua pessoa física, seja de suas dívidas com bancos e órgãos públicos, cheques devolvidos, contas, chaves Pix e operações de câmbio. O sistema é gratuito e pode ser acessado via conta GOV.BR ou pelo próprio sistema do BC.
O serviço emite relatórios como:
Indicação das suas chaves Pix cadastradas em bancos e instituições de pagamento
Informações sobre empréstimos e financiamentos em seu nome
Lista dos bancos e financeiras onde você tem conta ou outro tipo de relacionamento, como investimentos
Certidão de inexistência de contas em bancos
Dados sobre operações de câmbio e transferências internacionais que você realizou
Os relatórios são sigilosos e só podem ser consultados por você ou por alguém com sua autorização. Para cadastro, o usuário deve entrar no portal do Registrato do Banco Central.
Caso note algum problema de uso indevido de seu CPF, notifique o banco ou a operadora imediatamente, além de abrir um Boletim de Ocorrência.
VoLTE, roaming… as opções de dados celulares do iPhone
Mexer com opções de dados celulares é uma coisa que a maioria dos usuários — seja no iPhone ou em qualquer outro modelo de dispositivo móvel — não costuma fazer. Afinal de contas, para que juntar mais uma preocupação ao monitoramento constante que fazemos dos nossos dados para não exceder a nossa franquia?

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Bom, a lógica real não é bem essa. Se você entender bem com o que está lidando, pode, inclusive, diminuir o seu uso de dados e preocupar-se menos com a sua franquia — além de proporcionar outros benefícios, como ligações telefônicas de maior qualidade.
E é exatamente para isso que estamos aqui: explicar exatamente o que significa cada opção de dados celulares do iPhone, para que você faça seus ajustes de cada uma delas da forma mais apropriada ao seu uso. Portanto, vamos em Ajustes » Celular » Opções de Dados Celulares e dar uma olhada em tudo o que o iOS nos oferece.
Roaming de Dados
A primeira opção que você verá na tela a seguir é a de Roaming de Dados — e esta, acredito eu, não tem muito mistério.
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O roaming é uma forma de ativar sua linha de celular fora da rede da sua operadora, quando não há cobertura da sua própria rede. Isso pode ser feito tanto em território nacional (em áreas onde a sua operadora não chega) quanto em outros países (onde sua operadora “transferirá” sua conexão a alguma prestadora parceira do local).
É aí que você deve se atentar: geralmente, o roaming nacional não é cobrado. O roaming internacional, por outro lado, é cobrado e cobrado *caro* — se você se esquecer de desativar essa opção ao pisar em um outro país, é quase certo que terá uma surpresa desagradável na sua conta de celular no fim do mês (a não ser que seu plano ofereça benefícios específicos para esse tipo de conexão, claro).
Para internet móvel em outros países, a melhor opção muitas vezes é adquirir um cartão SIM pré-pago local ou um serviço internacional, como o da KnowRoaming, ou aderir aos planos internacionais que a Claro e a Vivo oferecem (que são bem vantajosos para quem viaja com uma certa frequência).
VoLTE
Tocando na opção “Voz e Dados”, logo abaixo, você verá a opção de ligar ou desligar um tal de VoLTE. Mas o que é isso, afinal de contas?
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Muito simples: o VoLTE (Voice over LTE) é uma tecnologia a qual permite que as ligações telefônicas sejam transmitidas via LTE (4G) em vez das redes normais de voz. Como as redes 4G têm largura de banda muito maior do que essas redes mais antigas, as chamadas tornam-se muito mais cristalinas e de melhor qualidade.
No Brasil, o VoLTE costuma funcionar na faixa dos 700MHz e é suportado pelas três principais operadoras do país: TIM, Vivo e Claro — a Oi não oferece suporte à tecnologia porque não tem 4G na frequência de 700MHz. O serviço não incorre em quaisquer taxas extras, mas não tem cobertura nacional: a Vivo, por exemplo, oferece suporte ao VoLTE somente em 377 cidades, enquanto a TIM lidera na categoria e já disponibiliza o serviço em 3.488 cidades (segundo dados do Minha Operadora).
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Portanto, não custa deixar a opção do VoLTE ativada no seu iPhone. Caso você esteja numa área sem cobertura, o máximo que acontecerá é o aparelho reverter a chamada para uma rede 3G/2G — e, caso você dê a sorte de estar dentro da cobertura, poderá desfrutar, gratuita e silenciosamente, de chamadas de alta qualidade.
Ligações Wi-Fi
Essa configuração não está dentro da tela “Opções de Dados Celulares” (ela aparecerá na tela anterior, “Celular”), mas vale a pena tratar dela aqui também. As Ligações Wi-Fi são, digamos assim, “primas” do VoLTE — a diferença é que, aqui, suas chamadas telefônicas serão transmitidas via Wi-Fi, e não 4G. Esse artigo explica melhor a coisa toda.
Assim como o VoLTE, o serviço de Ligações Wi-Fi é oferecido pela Vivo, pela Claro e pela TIM — além da operadora Porto Seguro. Vale notar que não estamos falando, aqui, de uma chamada VoIP (como a de um Skype, por exemplo): suas ligações continuarão sendo contabilizadas normalmente pelo seu plano e contarão para a sua franquia de minutos, caso haja. Entretanto, caso a chamada Wi-Fi seja feita para outra cidade, ela será tarifada como uma chamada local.
Modo de Economia de Dados
Por fim, a configuração final na tela de “Opções de Dados Celulares” é ativar (ou não) o Modo de Economia de Dados.
Já falamos extensamente sobre o recurso nesse artigo, mas basicamente ele aplica uma série de ajustes inteligentes no seu iPhone para reduzir o seu uso de dados móveis — como deixar de baixar atualizações de arquivos automaticamente ou instruir aplicativos (como o Apple Music, o FaceTime e a App Store) a adotar comportamentos mais “responsáveis” nesse sentido.
Como comentamos naquele post, só vale a pena manter o Modo de Economia de Dados ativo se você tiver uma franquia de internet móvel muito exígua ou esteja com seus dados móveis acabando antes do fim do mês — afinal de contas, mesmo que o recurso seja relativamente inteligente, ele acabará afetando um pouco a eficiência e alguns recursos do iOS.
E com isso, encerramos nossos guias de hoje — se você tem alguma dúvida, alguma sugestão ou algo a adicionar sobre o tema aqui tratado, não deixe de se pronunciar nos comentários logo abaixo.
Saiba a diferença entre G, H, H+ e E no sinal do seu celular
Ao usar os dados móveis no seu celular, independente de qual modelo seja, você provavelmente já deve ter notado que sempre há um indicador de intensidade do sinal no canto superior da tela. Ao lado dele, você também já deve ter reparado que sempre há uma letra.

Geralmente, o mais comum a ser exibido é o 3G ou o 4G, porém, não são raras as vezes que aparecem os famigerados H, H+, E ou G. E é exatamente nesse momento que você tem certeza que a internet ficará muito mais lenta, quase impossível de usar.
Mas, o que significa cada uma delas? E por que a velocidade da internet fica mais lenta? Cada uma dessas letras está atrelada ao tipo de rede móvel que você está acessando e, eventualmente, isso acaba impactando na velocidade. Abaixo, você pode conferir estas diferenças de forma mais detalhada!
G - GPRS
O GPRS (General Packet Radio Service) foi implementado em 2000 e é um pouco mais rápido do que o antigo padrão disponível, que era o GSM (Global System for Mobile Communication). Este padrão atingia velocidades de 171 Kbps e, por esse motivo, também ficou conhecido como “2,5G”.
Este modelo permitiu facilitar a transmissão de dados e o acesso à internet por celulares e era bem comum no Brasil em áreas onde não havia a cobertura 3G. Esse é um dos motivos pelos quais, quando aparece o G na sua tela, a internet fica bem mais lenta.
E - EDGE
O EDGE (Enhanced Data Rates for GSM Evolution) é uma tecnologia que surgiu em 2003 e oferece um avanço considerável em relação ao 2G e ao GPRS. Ela oferece velocidades de download de 384 Kbps e ficou conhecida como “2,75G”.
A principal vantagem desta rede é que ela disponibiliza velocidades semelhantes às do 3G sem exigir atualizações na infraestrutura de transmissão, algo que a tornou bastante acessível. Apesar disso, as velocidades ofertadas não são o suficiente para carregar rapidamente os sites mais atuais.
3G - UMTS
Lançado em 2001, o 3G, que utilizava o padrão UMTS (Universal Mobile Telecommunication System), passou a representar a terceira geração de conexão móvel. Esta rede foi uma das responsáveis por consolidar o acesso e a navegação pela internet através dos dispositivos móveis.
No início da sua implementação, a velocidade de download era de apenas 384 Kbps, porém, ao longo do tempo, passou a atingir números que beiravam 2 Mbps. A partir desse momento, foi possível acessar, através do telefone, páginas da web, baixar anexos de e-mail, acessar serviços de mensagens e fazer videochamadas.
H - HSDA
Lançado em 2008, o formato HSPA (High Speed Packet Access) é um aprimoramento do 3G que utiliza os protocolos HSDPA e HSUPA, cujas letras D e U representam o recebimento (Downlink) e o envio (Uplink) dos dados.
Quando o ícone H aparece na tela do seu celular, você tem certeza que a internet ficará mais lenta (Imagem: Raunak Jha/Unsplash)
A rede ficou conhecida como “3,5G” e “3G+” e ofertava velocidades máximas teóricas de até 42 Mbps de download, porém, na prática, o máximo que conseguia alcançar era apenas 14 Mbps.
H+ - HSPA+
O HSPA+ nada mais é do que uma evolução do HSPA tradicional, permitindo uma velocidade teórica de 168 Mbps, mas, na realidade, atingia até 42 Mbps. Esta velocidade permite que você assista a vídeos em HD, porém, resoluções acima disso vão demorar muito mais tempo para carregar.
4G - LTE
As redes 4G, ou de quarta geração, também conhecidas como LTE (Long Term Evolution), surgiram em 2010 e trouxeram melhorias significativas na velocidade de conexão e carregamento de dados móveis, atingindo velocidades de até 150 Mbps.
Com ela, agora era possível usar os dados móveis para realizar videochamadas com mais estabilidade, assistir a filmes em maiores resoluções, como 4K, e até mesmo jogar online, algo que antes parecia limitado apenas a conexões de banda larga.
LTE-A
O LTE-A (Long Term Evolution Advanced), também conhecido como “4G+” e “4,5G”, é um estágio intermediário entre o 4G e o 5G, e oferece velocidades que podem ser duas ou até mesmo três vezes mais rápidas que o 4G tradicional, chegando a 1 Gbps.
Isso só foi possível através de um processo conhecido como carrier aggregation, que permite que os dispositivos tenham acesso a várias redes ao mesmo tempo, aumentando ainda mais a velocidade de recebimento de dados em um mesmo aparelho.
5G
O 5G — a quinta geração — já está responsável por trazer para o grande público índices de velocidade maiores ainda que os habituais. Além disso, esta nova tecnologia permite também a conexão entre dispositivos, ampliando o conceito de casa conectada, carros autônomos ou serviços industriais, colocando em prática cada vez mais modelos de Internet das Coisas (IoT).
O 5G será responsável por trazer velocidades de maiores e ampliar a utilização do IoT (Imagem: Frederik Lipfert/Unsplash)
A velocidade real que se espera alcançar com a rede é de cerca de 1Gbps, porém a sua implementação ainda está em período de testes em diversos países e espera-se que, em julho de 2022, a tecnologia já esteja disponível nas capitais brasileiras. Caso você queira ver o ícone 5G em seu celular, terá que adquirir um modelo compatível com a tecnologia.
6G e o futuro dos dados móveis
A evolução das tecnologias de telefonia móvel não para por aí. Mesmo que o 5G ainda não tenha chegado oficialmente em diversos países, já existem planos para a implementação do 6G. Atualmente, a sexta geração já está em desenvolvimento, porém o seu lançamento só deve acontecer de fato em 2028.
Fonte: GiffGaff, Envifone, Springer